Jogos sérios brasileiros para auxílio do diagnóstico e tratamento de TDAH: revisão integrativa

Visualizações: 5249

Authors

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i32.4298

Keywords:

Jogos Sérios. TDAH. Diagnóstico. Tratamento.

Abstract

O TDAH é um transtorno do neurodesenvolvimento com sintomas básicos de desatenção, desorganização e/ou hiperatividade-impulsividade. Atualmente há jogos denominados jogos sérios com a finalidade de auxiliar no diagnóstico, aprendizado e tratamento de pessoas com TDAH. Objetivou-se analisar em bases de dados artigos sobre TDAH relacionados a formas de identificação de características do transtorno e formas de tratamento realizados com jogos sérios no Brasil. Especificamente: identificar quais são os jogos sérios existentes no Brasil desenvolvidos para TDAH; levantar as formas de identificação das características de TDAH com os jogos sérios; analisar as formas de tratamento existentes com a utilização de jogos sérios. Trata-se de uma revisão integrativa e para isso foram utilizadas três bases de dados, o portal de periódicos CAPES, o Google Acadêmico e o Catálogo de teses e dissertações da CAPES. Com base nos critérios de inclusão não foram selecionados artigos para análise relacionados ao tema proposto no portal de periódicos CAPES, foi selecionado um artigo no Google Acadêmico, embora não esteja totalmente relacionado aos objetivos propostos e 2 arquivos no Catálogo de teses e dissertações da CAPES. Faltam artigos e jogos sérios desenvolvidos no Brasil que auxiliem o diagnóstico e terapia de pessoas com TDAH.

 

 What do you want to do ?New mailCopy

Author Biographies

Daieny Panhan Theodório, Universidade de Mogi das Cruzes

Doutoranda em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes. Mestre em Psicologia Escolar pela PUC-Campinas. Psicóloga formada pela Universidade de Mogi das Cruzes, com experiência em psicologia escolar e pesquisa. Leciona no curso de graduação em Psicologia na Universidade de Mogi das Cruzes. What do you want to do ?New mailCopy

Alessandro Pereira da Silva, Universidade de Mogi das Cruzes

Possui graduação em Engenharia da Computação (2003), mestrado em Engenharia Biomédica (2007), doutorado em Engenharia Biomédica (2009) pela Universidade de Mogi das Cruzes e pós-doutorado em Engenharia Biomédica pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (2016). Atualmente, é docente e pesquisador no Programa Integrado de Engenharia Biomédica da UMC, onde coordena o laboratório de ambientes virtuais e tecnologia assistiva (LAVITA) no Núcleo de Pesquisas Tecnológicas (NPT). Membro da Sociedade Brasileira de Engenharia Biomédica desde 2010. Nos cursos de graduação da Universidade de Mogi das Cruzes leciona para a Engenharia Elétrica e Superior em Tecnologia em Automação Industrial. Tem experiência na área de Engenharia Biomédica, com ênfase em Processamento de sinais e imagens médicas, atuando principalmente nos seguintes temas: tecnologia assistiva, processamento de imagens médicas e desenvolvimento de simulações computacionais para auxílio ao diagnóstico e aos portadores de deficiência física e também no desenvolvimento de tecnologias computacionais para auxílio à educação. What do you want to do ?New mailCopy

Terigi Augusto Scardovelli, Universidade de Mogi das Cruzes

Graduação em Engenharia de Computação pela Universidade de Mogi das Cruzes, mestrado em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes e doutorado em Engenharia Biomédica pela Universidade de Mogi das Cruzes. Tem experiência na área de Engenharia Biomédica, com ênfase em processamento de imagens, atuando principalmente nos seguintes temas: modelagem, animação e desenvolvimento de jogo computadorizado, tecnologia assistiva, inclusão profissional e acesso ao computador. What do you want to do ?New mailCopy

References

ACHENBACH, T. M.; EDELBROCK, C. S. The classification of child psychopathology: a review and analysis of empirical efforts. Psychol Bull, 85(6), 1275-1301. https://doi.org/10.1037/0033-2909.85.6.1275, 1978.

ACHENBACH, T. M.; EDELBROCK, C. S. The Child Behavior Profile: II. Boys aged 12-16 and girls aged 6-11 and 12-16. J Consult Clin Psychol, 47(2), 223-33. https://doi.org/10.1037/0022-006X.47.2.223, 1979.

ALVES, L. R. G.; BONFIM, C. B. Gamebook e a estimulação de funções executivas em crianças com indicação de diagnóstico de TDAH: processo de pré-produção, produção e avaliação do software. Revista da FAEEBA – Educação e Contemporaneidade, Salvador, v. 25, n. 46, p. 141-157, maio/ago. 2016.

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais: DSM-5. 5ª.ed. Porto Alegre: Artmed, 2014. Disponível em: http://www.niip.com.br/wp-content/uploads/2018/06/Manual-Diagnosico-e-Estatistico-de-Transtornos-Mentais-DSM-5-1-pdf.pdf. Acessado em: 22/08/2019.

ANGUERA, J. A.; BOCCANFUSO J; RINTOUL, J. L.; AL-HASHIMI, O.; FARAJI, F.; JANOWICH, J.; et al. Video game training enhances cognitive control in older adults. Nature, 501(7465):97–101, 2013. Disponível em: https://www.researchgate.net/publication /256448800_Video_game_training_enhances_cognitive_control_in_older_adults. Acessado em: 11 de janeiro de 2020.

BAKKER, D.; KAZANTZIS, N.; RICKWOOD, D.; RICKARD, N. Mental health smartphone apps: review and evidence-based recommendations for future developments. JMIR Ment Health, 3(1):e7, 2016. disponível em: https://mental.jmir.org/2016/1/e7/. Acessado em: 11 de janeiro de 2020.

BARBOSA, F.; PEDER, D.; SILVA, C. M. Uso de metilfenidato em crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade em um município do interior do paraná, Brasil. Acta Biomédica Brasiliensia, volume 7, nº 2, dez. de 2016.

BARKLEY, R. A.; COX, D. A review of driving risks and impairments associated with attention-deficit/hyperactivity disorder and the effects of stimulant medication on driving performance. Journal of safety research, v. 38, n. 1, p. 113-128, 2007.

BASTOS, A. P. Z. Utilização de um jogo sério e naive bayer para auxiliar na avaliação cognitiva do Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. 2011, 124 f. Mestrado em Informática. Instituição de Ensino: Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 2011.

BIEDERMAN, J.; SPENCER, T.; LOMEDICO, A.; DAY, H.; PETTY, C. R.; FARAONE, S. V. Deficient emotional self-regulation and pediatric attention deficit hyperactivity disorder: a family risk analysis. Psychological Medicine, 42, 639–646. 2012.

BOLSONI-SILVA, A. T.; DEL PRETTE, A. Problemas de comportamento: um panorama da área. Revista Brasileira de Terapia Comportamental e Cognitiva, 5(2), 91-103, 2003.

BROD, M.; POHLMAN, B.; LASSER, R.; HODGKINS, P. Comparison of the burden of illness for adults with ADHD across seven countries: a qualitative study. Health and quality of life outcomes, v. 10, n. 1, p. 47, 2012.

CORRÊA, A. G. D.; ASSIS, G. A.; NASCIMENTO, M.; LOPES, R. D. GenVirtual: Um jogo musical para reabilitação de indivíduos com necessidades especiais. Revista Brasileira de Informática na Educação. v.16. n.1. pp.9-17, 2008.

DAVID, R.; GROS, A.; DEUTSCH, L.; KÖNIG, A.; GUERIN, O.; ROBERT, P.; BENSAMOUN, D. Place des nouvelles technologies en neuropsychiatrie. NPG Neurologie – Psychiatrie – Gériatrie, 16,353-357, 2016.

DYNIEWICZ, A. M. Metodologia da pesquisa em saúde para iniciantes. 3 ed. Difusão editora. São Caetano do Sul, SP, 2014.

FALKEMBACH, G. A. M.; GELLER, M.; SILVEIRA, S. R. Desenvolvimento de Jogos Educativos Digitais utilizando a Ferramenta de Autoria Multimídia: um estudo de caso com o ToolBook Instructor. Revista Novas Tecnologias na Educação. v.4. n.1, 2006.

FRUTOS-PASCUAL, M.; ZAPIRAIN, B. G.; ZORRILLA, A. M. Adaptive Tele-Therapies Based on Serious Games for Health for People with Time-Management and Organisational Problems: Preliminary Results. Int. J. Environ. Res. Public Health 11, 749-772, 2014.

GONZÁLEZ-CALLEROS, C. B.; GUERRERO-GARCÍA, J.; NAVARRO-RANGEL, Y. Uso de juegos serios como herramienta educativa para la enseñanza a niños con tdah serious games as an educational tool to teach children suffering from adhd. BUAP-ICUAP, México, 2019.

GOULARDINS, J. B.; NASCIMENTO, R. O.; AQUINO, F. A. O.; MENDES, L. O.; CASELLA, E. B.; HASUE, R. H.; OLIVEIRA, J. A. Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade e Transtorno do Desenvolvimento da Coordenação: uma discussão das bases neurais. Rev. Neurocienc; 23(4):617-624, 2015. Disponível em: http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2015/2304/revisao/1080revisao.pdf. Acessado em: 22/08/2019.

IANAGUIVARA, E. S. Método de concepção de serious game para avaliar conceitos básicos de matemática de alunos com falta de atenção. 2016. Tese de doutorado em engenharia biomédica. Área de concentração: Processamento de Sinais e Imagens Médicas. Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, 2016.

LOPES, R. M. F.; NASCIMENTO, R. F. L.; BANDEIRA, D. R. Avaliação do transtorno de déficit de atenção/ hiperatividade em adultos (TDAH): uma revisão de literatura. Avaliação Psicológica, 4(1), 2005, pp. 65-74.

MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Fundamentos da Metodologia Científica. 5. Ed. São Paulo: Atlas, 2003.

NASCIMENTO, L.; SANTANA, B.; JUNIOR, A.; SARINHO, V. Treinamente: um jogo digital de apoio ao desenvolvimento de funções cognitivas de crianças portadoras do TDAH. In: Anais da XIX Escola Regional de Computação Bahia, Alagoas e Sergipe. SBC, 2019. p. 24-29.

PEIJNENBORGH, J. C.; HURKS, P. P. M.; ALDENKAMP, A. P.; SPEK, E. D.; RAUTERBERG, G. W. M.; VLES, J. S. H.; HENDRIKSEN, J. G. M. A study on the validity of a computer-based game to assess cognitive processes, reward mechanisms, and time perception in children aged 4-8 years. JMIR serious games, v. 4, n. 2, p. 15, 2016.

OLIVEIRA, K. S.; LIMA, C. S.; COUTO, F. P. Jogos digitais e funções executivas em escolares com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH): algumas reflexões. Revista Cenas Educacionais, Caetité – Bahia - Brasil, v. 2, n. 1, p. 29-43, jan./jun. 2019.

OLIVEIRA, L. B.; ISHITANI, L.; CARDOSO, A. M. Jogos computacionais e transtorno de déficit de atenção e hiperatividade: Revisão sistemática de literatura. Nuevas Ideas en Informática Educativa TISE, p. 9-11, 2013.

READ, J. L.; SHORTELL, S. M.; Interactive games to promote behavior change in prevention and treatment. J Am Med Assoc, 305(16):1704–5. 2011. Disponível em: http://www.pilljogger.com/pdfs/JAMA-2011-Read-jama.2011.408.pdf. Acessado em: 11 de janeiro de 2020.

REINHARDT, M. C.; REINHARDT, C. A. U. Attention deficit-hyperactivity disorder, comorbidities, and risk situations. J Pediatr (Rio J), 89(2):124−130, 2013.

RIBEIRO, A. F.; MARINO, R. L. F.; CANTIERE, C. N.; TEIXEIRA, M. C. T. V.; ROCHA, M. M.; SCHWARTZMAN, J. S.; CARREIRO, L. L. R. Contribuição de múltiplos informantes para avaliação comportamental de adolescentes com queixas de desatenção e hiperatividade. Psico, Porto Alegre,48(4), 295-305, 2017.

RIVERO, T. S. Uso de videogame como treino de controle inibitório em adolescentes com transtorno do déficit de atenção e hiperatividade. 2016, 126 f. Doutorado em Psicobiologia Instituição de Ensino: Universidade Federal de São Paulo, São Paulo, 2016.

ROBBINS, R. Could this be the first prescription video game? New data show it helps kids with ADHD, STAT. 2017. Disponível em: https://www.statnews.com/2017/12/04/ firstprescription-video-game-for-adhd-from-akili/. Acessado em: 28 de janeiro de 2020.

SIBLEY, M. H.; ALTSZULER, A. R.; MORROW, A. S.; MERRILL, B. M. Mapping the academic problem behaviors of adolescents with ADHD. Sch Psychol Q. 29(4), 422-437, 2014.

SILVA, A. P. Ambiente virtual para quantificação de influência de estímulos coloridos no desempenho de tarefas que exigem atenção. 2009. Tese de doutorado em engenharia biomédica. Área de concentração: Processamento de Sinais e Imagens Médicas. Universidade de Mogi das Cruzes, Mogi das Cruzes, 2009.

SILVA, L. F.; COSTA, D. B. B.; INOCÊNCIO, A. C. G. HAJED - TDAH: Heurísticas para Avaliação de Jogos Educacionais Digitais para Pessoas com TDAH. 2017. VI Congresso Brasileiro de Informática na Educação (CBIE 2017). Anais do XXIII Workshop de Informática na Escola (WIE 2017). Jataí, Goiás. 2017.

TAIPE, M. A. Modelo de serious game para mejorar la aténcion en niños con transtorno por déficit de aténcion e hiperactividad (TDAH). Risti, E17, 01/2019.

TÁRREGA, S.; CASTRO-CARRERAS, L.; FERNÁNDEZ-ARANDA, F.; GRANERO, R.; GINERBARTOLOMÉ, C.; AYMAMÍ, N.; et al. A serious videogame as an additional therapy tool for training emotional regulation and impulsivity control in severe gambling disorder. Front Psychol, 6:1721, 2015. Disponível em: https://www.researchgate.net/ publication/284131374_A_Serious_Videogame_as_an_Additional_Therapy_Tool_for_Training_Emotional_Regulation_and_Impulsivity_Control_in_Severe_Gambling_Disorder/link/566982ef08ae1a797e37538e/download. Acessado em: 11 de janeiro de 2020.

TOURINHO, A.; BONFIM, C.; LYNN, A. Games, TDAH e funções executivas: Uma Revisão da Literatura. 2016. SBC – Proceedings of SBGames. XV SBGames – São Paulo – SP – Brazil, 2016.

VAQUERIZO-MADRID, J. Hiperactividad en el niño preescolar: descripción clínica, 40 (Supl 1), 25–32, 2005.

WAGNER, F.; ROHDE, L. A.; TRENTINI, C. M. Neuropsicologia do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade: Modelos Neuropsicológicos e Resultados de Estudos Empíricos. Psico-USF, Bragança Paulista, v. 21, n. 3, p. 573-582, set./dez. 2016.

WORLD HEALTH ORGANIZATION. ICD 11: International Classification of Diseases 11th revision, 2018. Disponível em: https://icd.who.int/. Acessado em: 8 de janeiro de 2020.

ZYDA, M. Da simulação visual à realidade virtual e aos jogos. Computador, v. 38, n. 9, 2005.

Downloads

Published

2020-09-08

How to Cite

Theodório, D. P., da Silva, A. P., & Scardovelli, T. A. (2020). Jogos sérios brasileiros para auxílio do diagnóstico e tratamento de TDAH: revisão integrativa. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(32), 60–78. https://doi.org/10.26514/inter.v11i32.4298

Issue

Vol. 11 No. 32 (2020): Ensinar e aprender em diferentes contextos: para além das fronteiras

Section

Artigos

License

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

 

a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;

 

b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;

 

c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.