Performar e expandir comunidades on-line
pensando educação antirracista em ações de slam na pandemia
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https://doi.org/10.61389/revell.v1i34.7143Palavras-chave:
slam, pandemia, educação antirracista, redes sociais, poesia feministaResumo
O Slam das Minas RJ é um coletivo de poesia que surge no espaço público, na rua e na ocupação da cidade, promovendo um modo de imaginação pública, a partir da qual pode ser lido, interpretado e compreendido. Durante os anos pandêmicos de 2020 e 2021, o grupo realizou uma migração das ruas às redes. Podemos afirmar, portanto, que a comunicação globalizada por meio da internet possibilitou que coletivos artísticos de rua seguissem atuando nas redes sociais durante o período de pandemia. Nesse ensaio, trago o debate sobre educação antirracista em que evidencio o importante trajeto que o Slam das Minas RJ vem trilhando ao emergir relatos da história negra brasileira que, por muitas vezes, em benefício de uma histórica supremacia branca, política e social, se mantiveram apagados. Na esperança de enriquecer a análise, reflito a rede social como espaço de ativismo, adentrando no estudo de poemas publicados no Instagram do coletivo que flertam com as discussões sobre protestos incitados, principalmente, pelo momento politicamente tensionado pela morte de George Floyd nos Estados Unidos, a explosão do Vidas Negras Importam no Brasil e os debates sobre a necessidade de ir ou não às ruas para protestar em meio a uma pandemia. Construo, ao fim, uma reflexão sobre o uso das redes sociais como um espaço de armazenamento para todo esse trabalho do Slam das Minas RJ.
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