Unidade e pluralidade do personagem autoficcional nas obras do escritor belga André Baillon

Visualizações: 14

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/revell.v3i36.8250

Palavras-chave:

autoficção, multiplicidade, unidade, literatura belga

Resumo

Neste artigo, a obra do escritor André Baillon é apresentada sob o signo da autoficção. Primeiramente, a autora mostra esse autor belga ainda desconhecido no Brasil, situando sua publicação no início do século XX e como sua obra se tornou objeto de interesse do meio acadêmico belga, levando à republicação de muitos de seus textos já a partir dos anos 1980. Em seguida, é-nos apresentado o gênero da autoficção, com menção a autores como Serge Doubrovsky, Régine Robin e Patrick Saveau. O caráter ambíguo e múltiplo do gênero é ressaltado, a necessidade de o personagem apresentar o mesmo nome que o autor também é aqui discutida. Por fim, é a própria obra de André Baillon que se desvela diante de nós, exemplificando como o labirinto desses textos traz à tona as questões centrais para o estudo da autoficção: a fragmentação do autor que se espelha na fragmentação do personagem, a multiplicidade de personagens e a retomada das mesmas temáticas e até dos mesmos episódios de um livro a outro como elementos essenciais para testemunhar a unidade na pluralidade desta obra. 

Biografia do Autor

Marilia Santanna Villar, UFRJ

Doutora em Filosofia e Letras na Université Catholique de Louvain – Belgica. Realizou estágio pós-doutoral na Universidade Federal do Rio de Janeiro – Brasil. Professora Adjunta na Universidade Federal do Rio de Janeiro – Brasil. ORCID iD: https://orcid.org/0000-0003-4074-5827. E-mail: villar.marilia@letras.ufrj.br

Referências

BAILLON. Le Neveu de Mademoiselle Autorité. Paris: Rieder, 1930.

BAILLON. En Sabots. Toulouse: L’Ether Vague, 1987.

BAILLON. Par Fil Spécial. Bruxelles: Labor, 1995.

BAILLON. Histoire d’une Marie. Bruxelles: Labor, 1997.

BAILLON. Zonzon Pépette. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1979.

BAILLON. Le Perce-Oreille du Luxembourg. Bruxelles: Labor,1984.

BAILLON. Un Homme si simple. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1985.

BAILLON. Chalet 1. Toulouse: L’Ether Vague, 1989.

BAILLON. Délires. Bruxelles: Editions Jacques Antoine, 1981.

BAILLON. Roseau. Paris: Rieder, 1932.

BAILLON. «Traité de Littérature». In: Le Thyrse, XVIII, 1921.

BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.

CUSSET, Catherine. « Je ». In :BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.

DOUBROVSKY. Fils. Paris: Galilée, 1977.

DOUBROVSKY. « Textes en main », Cahiers RITM, n. 6, 1993.

DOUBROVSKY. «L’initiative aux maux: écrire sa psychanalyse», dans Parcours critique, Galilée, 1980.

DOUBROVSKY. « Le dernier moi ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010. pp. 383-393

GNOCCHI, Maria Clara. «Baillon passeur entre France et Belgique». In: Les Nouveaux Cahiers André Baillon, n.2, Publication annuelle de l’association «Présence d’André Baillon», 2004.

HAUZEUR, Geneviève. Les Nouveaux Cahiers André Baillon, n.1, Publication annuelle de l’association «Présence d’André Baillon», 2003.

LECARME, Jacques et LECARME-TABONE, Eliane. L’Autobiographie. Paris: Armand Colin 1997, p. 277.

LEJEUNE, Philippe. Le pacte autobiographique. Paris, Seuil, 1975.

LEJEUNE. «Le pacte autobiographique (bis).» Poétique, 56,1983, pp.416-434.

LEJEUNE. «Nouveau roman et le retour à l'autobiographie» dans M. Contat , L'auteur et le manuscrit. Paris: PUF, 1991

ROBIN, Régine. « Doubles et clones dans mes œuvres de fiction ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010. p. 83-94

SAVEAU, Patrick. « L’autofiction à la Doubrovsky ». In : BURGELIN, C., GRELL, I., ROCHE, R-Y. (dir) Autofictions, etc. Colloque de Cerisy. Presses Universitaires Lyon, 2010.

Downloads

Publicado

2024-07-10

Como Citar

VILLAR, Marilia Santanna. Unidade e pluralidade do personagem autoficcional nas obras do escritor belga André Baillon . REVELL - REVISTA DE ESTUDOS LITERÁRIOS DA UEMS, [S. l.], v. 3, n. 36, p. 509–531, 2024. DOI: 10.61389/revell.v3i36.8250. Disponível em: https://periodicosonline.uems.br/index.php/REV/article/view/8250. Acesso em: 18 jul. 2024.