O JOGO FEDERATIVO E AS POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA

Visualizações: 633

Autores

  • Leandro Picoli Nucci Professor da educação básica do Estado de Mato Grosso do Sul

Palavras-chave:

Federalismo. Centralização. Políticas Educacionais. Coordenação federativa.

Resumo

O presente trabalho é um resultado parcial da análise desenvolvida na pesquisa de doutoramento em educação (2013 – 2017) realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (PPGEdu/UFMS), na linha de Pesquisa História, Políticas, Educação. O objetivo deste artigo é situar as políticas educacionais dentro da dinâmica do federalismo brasileiro, bem como contribuir para a compreensão dos determinantes que a afetam. Parte-se do pressuposto de que a configuração institucional do território brasileiro confere formato às políticas educacionais.  A dinâmica do federalismo brasileiro favorece a realização da agenda da União em detrimento da autonomia dos entes subnacionais. A ampla jurisdição da União e sua forte capacidade econômica/fiscal conferem ao governo central um poder de indução capaz de seduzir os governos subnacionais a aderirem a programas educacionais de cunho governamentais em nível nacional. Este cenário revela a centralização da decisão sobre os rumos das políticas educacionais no governo federal. Apesar das contradições, destaca-se a importância da coordenação federativa da União na área educacional como um dos caminhos para a superação das assimetrias educacionais entre os entes federativos, bem como o estabelecimento de fóruns de negociação federativa e decisão conjunta. 

Biografia do Autor

Leandro Picoli Nucci, Professor da educação básica do Estado de Mato Grosso do Sul

Professor da educação básica do Estado de Mato Grosso do Sul, filósofo, pedagogo e doutor em educação pela UFMS

Referências

ABRUCIO, Fernando Luiz. Os barões da federação e a redemocratização brasileira. São Paulo: Hucitec/Departamento de Ciência Política, USP, 1998.

__________. A coordenação Federativa no Brasil: A experiência do FHC e os desafios do governo Lula. In. Revista de Sociologia Política, n. 24: p. 41-67. Curitiba, 2005.

ADRIÃO, Thereza. Oferta educativa e responsabilização no PDE: o Plano de Ações Articuladas. In. Cadernos de Pesquisa. v. 38, n. 135, set./dez. 2008.

ANDRADE, Edson Francisco. Regime de Colaboração no Financiamento da Educação Básica no Brasil: a experiência dos fundos contábeis em foco. In. Educação, v. 38, n. 2, p. 389-402: UFSM, 2013. Disponível em: http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reveducacao/article/view/6227/5486. Acesso em: 3 mar. 2016.

ARAUJO, Gilda Cardoso de. Direito à Educação básica: a cooperação entre os entes federados. In. Revista Retratos da Escola. Brasília, v. 4, n. 7, p. 231-243, jul./dez. 2010. Disponível em: . Acesso em: 29 jul. 2015.

ARRETCHE, Marta Teresa da Silva. Continuidades e Descontinuidades da Federação Brasileira: De como 1988 facilitou 1995. In. Revista de Ciência Sociais. V. 52, n. 2, p. 337 a 423; Rio de Janeiro, 2009.

ARRETCHE, Marta T. S. Democracia, federalismo e centralização no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2012.

BAGGIO, Roberta Camineiro. Federalismo no contexto da nova ordem global: perspectivas de (re)formulação da federação brasileira. Curitiba: Juruá, 2010.

BRASIL, Presidência da República. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm>. Acesso em: 31 mar. 2016.

BRASIL, Presidência da República. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, 1996. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm>. Acesso em: 6 mai. 2016.

BRASIL, Controladoria Geral da União. Gestão de Recursos Federais: manual para os agentes municipais. Brasília, 2005. Disponível em: http://www.cgu.gov.br/Publicacoes/auditoria-e-fiscalizacao/arquivos/cartilhagestaorecursosfederais.pdf. Acesso em: 3 abr. 2016.

CAVALCANTI, Cacilda Rodrigues. Relações intergovernamentais na assistência técnica e financeira da União para a educação básica: tensões entre regulação federal e a autonomia dos governos subnacionais. Revista Textura. v. 19, n. 40. Canoas/RS: ULBRA, 2017.Disponível em: <http://www.periodicos.ulbra.br/index.php/txra/article/view/3013/2234>. Acesso em: 29 abr. 2017.

DOURADO, Luiz Fernandes. O Plano Nacional de educação como política de Estado: antecedentes históricos, avaliação e perspectiva. In. Dourado, Luiz Fernandes (org). Plano Nacional de Educação (2011-2020): avaliação e Perspectivas. 2 ed. Goiânia: UFG; Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2011.

FARENZENA, N; PERGHER, C. J.; SCHUCH, C. C. T.; MOSNA, R. M. P. Relações Intergovernamentais: aportes para pesquisas em políticas públicas educacionais. In. Oha@res, v.3, n. 2, p. 65-69: Guarulhos, 2015.

OLIVEIRA, Rosimar de Fátima; CAVALCANTI, Cacilda Rodrigues. Relações Federativas no Financiamento da Educação Básica: compreendendo o papel da União por meio dos atos normativos do FNDE. In. Educação Online. n. 15, jan./abr. pp. 36-56. Rio de Janeiro, 2014. Disponível em <http://educacaoonline.edu.puc-rio.br/ojs/index.php/Eduonline/article/view/67/pdf>. Acesso em: 3 abr. 2016.

REZENDE, Fernando; AFONSO, José Roberto. A federação brasileira: fatos, desafios e perspectivas. 2002. Disponível em: <http://info.worldbank.org/etools/docs/library/229990/Rezende%20e%20Afonso.pdf>. Acesso em: 5 jan. 2015.

SENA, Paulo Martins de. FUNDEB, federalismo e regime de colaboração. Campinas: Autores Associados, 2011.

SOUSA, Celina. Federalismo, desenho constitucional e instituições federativa no Brasil, pós-1988. In. Revista de Sociologia Política. Curitiba, n. 24, p. 105-121, jun. 2005.

Downloads

Publicado

2018-09-19

Como Citar

Nucci, L. P. (2018). O JOGO FEDERATIVO E AS POLÍTICAS PARA A EDUCAÇÃO BÁSICA. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 2(3). Recuperado de https://periodicosonline.uems.br/index.php/educacaoculturalinguagem/article/view/2971

Edição

Seção

Artigos