MULHERES NEGRAS IDENTIDADE E PERFORMATIVIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR

Visualizações: 293

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.61389/rbecl.v5i10.6655

Mots-clés :

Educação Superior. Mulher Negra. Identidade Negra. Ações Afirmativas.

Résumé

Esse estudo apresenta uma discussão sobre mulheres negras, identidade e performatividade na educação superior, foi utilizado o recorte de gênero e raça visto que existem poucas pesquisas relacionadas a essa temática. As ações afirmativas contribuem para o acesso dessas mulheres ao espaço universitário, porém ele permanece de predominância branca e masculina. A pesquisa então busca evidenciar os aspectos identitários relacionados a esse acesso, como a construção da identidade e discutir conceitos como o de colonialidade, racismo estrutural e performatividade. Buscou-se identificar espaços que de alguma maneira tivessem relação com o fortalecimento identitário dentro do espaço acadêmico e programas voltados para esse recorte de gênero e raça nas instituições de educação superior. Os dados apresentados são da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) e da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) sendo obtidos por meio de um levantamento dos documentos institucionais. Ao fazer essa investigação foi evidenciado que as mulheres negras ao ingressar nesse espaço enfrentam um preconceito duplo, o racismo e o sexismo dentro da academia. Como espaços de fortalecimento foram encontrados NEABi (UFMS) e o NEAB (UFGD). Também foram encontrados alguns programas voltados para esse recorte que possuem um papel similar em outras universidades.

Bibliographies de l'auteur

Átila Maria do Nascimento Corrêa, UFGD

Licenciada em Ciências Sociais, Mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Relações étnico-raciais e formação de professores – (GEPRAFE).

Eugenia Portela de Siqueira Marques, UFMS

Docente na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Docente do corpo docente da Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) e da UFMS. Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Relações étnico-raciais e Formação de professores - GEPRAFE. Temas de interesse: Educação para as relações étnico-raciais e currículo, Formação de professores e diversidade étnico-racial, Políticas afirmativas e identidade negra e Comissões de heteroidentificação.

Aline Anjos da Rosa, UFGD

Doutoranda em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD). Membro do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Educação, Relações étnico-raciais e Formação de professores – (GEPRAFE). Temas de interesse: Políticas Públicas da educação, educação superior, política de ações afirmativas e comissão de heteroidentificação.

Silvana Ferreira Gomes Maciel, SEMED

Especialista em Tecnologias e Educação a Distância, área de concentração Ciências Humanas, pelo Centro Universitário Barão de Mauá. Especialista em Coordenação Pedagógica: Supervisão e Gestão Educacionais, pela Universidade Luterana do Brasil.. Licenciada em Pedagogia da Educação Infantil e dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental (MS)l. Atualmente é funcionária da Rede Municipal de Ensino de Campo Grande, ocupando o cargo efetivo de Professora de Educação Infantil - Pré Escola. Já atuou como Coordenadora Pedagógica na empresa Virtualize Cursos onde desenvolvia a coordenação cursos na modalidade a distância e presencial.

Références

ALMEIDA, S. L. O que é racismo estrutural? Belo Horizonte (MG): Letramento, 2018.

BRITO, C. ; PAVANI, D. ; P. L. Meninas na Ciência: atraindo jovens mulheres para carreiras de Ciência e Tecnologia. Revista Gênero, v. 16, n. 1, 2015. Disponível em: https://periodicos.uff.br/revistagenero/article/view/31223. Acesso em: 2 mai. 2021.

CARNEIRO, S. Mulheres em Movimento. Estudos Avançados, v. 17, n.49, p.117-133, 2003. Disponível em: http://www.revistas.usp.br/eav/article/view/9948/11520. Acessado em: 22. set. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0103-40142003000300008

DOMINGUES, P. O mito da democracia racial e a mestiçagem no Brasil (1889 – 1930). Diálogos Latinoamericanos, Dinamarca, v. 10, n° 10, p. 117-132, 2005. DOI: https://doi.org/10.7146/dl.v6i10.113653

FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Bahia: Edufba, 2008.

GOMES, N. L. O movimento negro educador: saberes construídos nas lutas por

emancipação. Petrópolis, RJ: Vozes, 2017. 154 p.

GOMES, N. L. Educação, raça e gênero: relações imersas na alteridade. Cadernos Pagu, nº 6-7, p. 67-82, 1996.

GUEDES, M. C. A presença feminina nos cursos universitários e nas pós-graduações: desconstruindo a ideia da universidade como espaço masculino. Hist. Cienc. Saúde-Manguinhos, Rio de Janeiro, v. 15, supl. p. 117-132, 2008. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-59702008000500006

IBGE. Estatísticas de Gênero. Indicadores das mulheres no Brasil. Censo Demográfico 2018. Disponível Em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/media/com_mediaibge/arquivos/9d6f4faeda1f1fb7532be7a9240cc233.pdf Acesso em: 10 fev 2021.

KILOMBA, G. Memórias da plantação – episódios de racismo cotidiano. Rio de Janeiro: Cobogó, 2019.

MARQUES, E. P. ; RIBEIRO, M. A. QUAIS AS IMPLICAÇÕES PARA O FORTALECIMENTO DA IDENTIDADE NEGRA NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO SUPERIOR? Práxis Educacional, v. 15, n. 32, p. 205, 2019. Disponível em: https://periodicos2.uesb.br/index.php/praxis/article/view/5051. Acesso em: 6 Sep. 2021. DOI: https://doi.org/10.22481/praxis.v15i32.5051

MARQUES, E. P. O acesso à educação superior e o fortalecimento da identidade negra. Revista Brasileira de Educação, v. 23, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/j/rbedu/a/VW9YBNPcKcfrnqtyMCMcVxm/?lang=pt. Acesso em: 6 ago. 2021. DOI: https://doi.org/10.1590/s1413-24782018230098

MARQUES, E. P. S. O Programa Universidade para Todos e a inserção de negros na educação superior: a experiência de duas instituições de educação superior de Mato Grosso do Sul - 2005-2008. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de São Carlos, 2010.

MUNANGA, K. Estratégias e poéticas de combate à discriminação racial. São Paulo: EDUSP; Estação Ciência, 2004.

MUNANGA, K. As facetas de um racismo silenciado. In: L.M. Schwarcz & R. da S. Queiroz (Orgs.), Raça e diversidade (pp. 213-229). São Paulo: EDUSP, 1996.

MBEMBE, A. Necropolítica. São Paulo: nº1, 2018.

PINTO, J. Conexões teóricas entre performatividade, corpo e identidades. Delta, São Paulo, vol. 23, n. 1, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-44502007000100001

QUIJANO, A. Colonialidade do poder, Eurocentrismo e América Latina. In: LANDER, Edgardo (Org.). A Colonialidade do Saber: eurocentrismo e ciências sociais. Perspectivas latino-americanas. Buenos Aires: CLACSO, 2005. p.116-142.

ROSEMBERG, F. Educação formal, mulher e gênero no Brasil contemporâneo. Rev. Estud. Fem., Florianópolis , v. 9, n. 2, p. 515-540, 2001 . Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-026X2001000200011&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 26. Jun. 2020. DOI: https://doi.org/10.1590/S0104-026X2001000200011

WERNECK, J. Racismo Institucional: uma abordagem conceitual. Brasília.2013.

Téléchargements

Publiée

2021-11-17

Comment citer

do Nascimento Corrêa, Átila M., de Siqueira Marques, E. P., da Rosa, A. A., & Maciel, S. F. G. (2021). MULHERES NEGRAS IDENTIDADE E PERFORMATIVIDADE NA EDUCAÇÃO SUPERIOR. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 5(10). https://doi.org/10.61389/rbecl.v5i10.6655