Motivações para o desenvolvimento profissional docente em comunidade com postura investigativa

Visualizações: 774

Autores

  • carlos Jose Trindade da Rocha Universidade Federal do Pará/Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v9i27.2616

Palavras-chave:

Motivação. Desenvolvimento Profissional. Comunidade investigativa.

Resumo

Este estudo objetiva analisar fatores motivacionais para desenvolvimento profissional docente – DPD na educação científica. Para isso, realizou-se um estudo de caso com abordagem qualitativa com cinco professores mestrandos e licenciados plenos em ciências naturais. A esses professores, foram enviados, via e-mail, questionário com perguntas sobre identificações pessoais, profissionais e motivacionais (baseadas em Likert). A partir dos resultados, foram identificados como os fatores motivacionais são concebidos pelos professores pesquisados. Os resultados identificam que os professores possuem autonomia em buscarem DPD, por o entenderem como processo contínuo de profissionalidade e base estruturante de formação do indivíduo. Portanto, os professores possuem capacidade de se motivarem e de se organizarem em comunidades locais de estudo e investigação, mesmo sem apoio das instituições públicas e da universidade, desenvolvendo com esforço e autonomia a eficácia de formação, e ainda, potencializam processos de transformação profissional para educação científica.

Biografia do Autor

carlos Jose Trindade da Rocha, Universidade Federal do Pará/Programa de Pós-Graduação em Educação em Ciências e Matemáticas

Doutorando em Ensino de Ciências e Matemática - IEMCI/UFPA . Possui graduação em Licenciatura Plena em Ciências Naturais/Química pela Universidade do Estado do Pará (2003), Especialista em Metodologia Científica - UCAM/RJ (2005) e Especialista em Educação Social para Juventude - UEPA/UFPA (2013), Mestrado em Ciência de la Educación pela Universidade Autonoma de Asunción (2011) e Mestre em Ensino, História e Filosofia das Ciências e Matemática pela Universidade Federal do ABC (2015). 

Referências

ALARCÃO, I. Formação continuada como instrumento de profissionalização docente. In: VEIGA, I. P. A. (Org.) Caminhos da profissionalização do magistério – Campinas: Papirus, 1998.

ALMEIDA, M. I. O sindicato como instância formadora dos professores: novas contribuições ao desenvolvimento profissional. São Paulo, 1999. Tese (Doutorado) – Feusp.

AZEVEDO, M. A. R.; CUNHA, M. I. Formação para a docência no âmbito da pós-graduação na visão dos seus formadores. Educaçao Unisinos. v. 18(1). jan/abr. p. 97-106.2014.

CARVALHO, A. M. P. O. ensino de ciências e a proposição de sequências de ensino investigativas. In: Carvalho, A. M. P. (Org.) Ensino de Ciências por Investigação: Condições para implementação em sala de aula. São Paulo: Cengage Learning, p. 1-20, 2013.

CRECCI, V. M.; FIORENTINI, D. Desenvolvimento profissional de professores em comunidades com postura investigativa. Acta Scientiae. Canoas. V15(1). p.9-23. jan/abr. 2013.

CHASSOT, A. Alfabetização científica: questões e desafios para a educação. Ijuí: Ed. Inijuí, 2003.

COCHRAN-SMITH, M.; LYTLE, S. L. Teacher learniing communities. Encyclopeida of Education. 2nd edition. J. Guthrie (eds.). New York: Macmillan, 2002.

COLLADO, C. F.; SAMPÍERI, R. H. Metodologia de la investigacion. Mcgraw-Hill. 5ªed. p. 656. 2014.

DANTAS, I. F. Formação continuada: um estudo sobre fatores motivacionais e a participação de professores em cursos de especialização. 118 f. Dissertação (mestrado). Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas, Centro de Formação Acadêmica e Pesquisa. 2012.

FIORENTINI, D.; et al. Interrelations Between teacher development and curricular change: a research program. In: BEDNARZ, N.; FIORENTINI, D.; HUANG, R. (Ed.). International Approaches to Professional development for Mathematics Teachers. Ottawa: University of Otawaa Press, 2011. v. 1, p. 213-222.

_______. Desenvolvimento profissional e comunidades investigativas. In: DALBEN, A; DINIZ, J.; LEAL, L.; SANTOS, L. (Org.). Convergências e tensões no campo da formação e do trabalho docente: Educação Ambiental, Educação em Ciências, Educação em Espaços não-escolares, Educação Matemática. Belo Horizonte. Autêntica. 2010. v. 1, p. 570-590.

HUBERMAN, M. O ciclo de vida profissional dos professores. In: NÓVOA, A. (Org.). Vidas de professores. 2. ed. Porto: Porto, 2000. p.31-61.

ISLAS, M. E. R. Teorías de motivación y aprendizaje. Escola preparatoria n. 2. Universidad autónoma de Hidalgo. Boletín científico Logos. v.1, n.1, jan. 2014.

KOEHLER, Michael; RAINEY, Hal G. Interdisciplinary Foundations of Public Service Motivation. In: PERRY, James L.; HONDEGHEM, A. Motivation in Public Management: the call of public service. New York: Oxford University, 2008.

LAVE, J.; WENGER, E. Situated learning: legitimate peripheral participation. New York: Cambridge University Press, 1991.

LAVILLE, C.; DIONNE, J. A Construção do Saber. Porto Alegre: Artes Médicas Sul Ltda, 1999.

LONG, H. B. Self-directed learning: Application and theory. Athens, GA: Dept. of Adult Education, University of Georigia, 1988.

MALHEIRO, J. M. S.; ROCHA, C. J. T. Clube de Ciências prof. Dr. Cristovam W. P. Diniz e o Ensino Investigativo no município de Castanhal (PA). EnECI – Encontro de Ensino de Ciências por Investigação. Universidade de São Paulo – USP/LaPEF-FEUSP. 2017.

_________. Atividades experimentais no ensino de ciências: limites e possibilidades. ACTIO, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 108-127, jul./dez. 2016.

MELLO, R. B.; CUNHA, C. J. C. A. Grounded theory. In: GODOI, C. K; MELLO, R. B.; SILVA, A. B.(Org.). Pesquisa qualitativa em estudos em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. 2ª. ed. São Paulo: Saraiva; 2010. p. 241-66.

MOREIRA, H. A Investigação da Motivação do Professor: A Dimensão Esquecida. Educação & Tecnologia. Curitiba, v.1, p. 88 – 96, 1997.

MIZUKAMI, M. G. N.; et al. Escola e aprendizagem da docência: Processos de investigação e formação. São Carlos: EdUFSCar, 2010. 203.p

MURRAY, E.J. Motivação e Emoção. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan S.A., 1986.

NÓVOA, A. (Coord.). Os Professores e a sua Formação. Lisboa (Portugal): Dom Quixote, 1997.

ROBBINS, Stephen P. Comportamento Organizacional. 8. ed. Rio de Janeiro: LTC – Livros Técnicos e Científicos Editora S.A., 1999.

ROCHA, C. J. T.; MALHEIRO, J. M. S. Clube de ciências e a experimentação investigativa: estimulando a alfabetização científica de alunos no ensino fundamental. XVII ENEC – Encontro Nacional de Educação em Ciências e I SIEC – Seminário Internacional de Educação em Ciências. Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. Portugal. 2017a.

________.; MALHEIRO, J. M. S. Desenvolvimento profissional docente: profissionalidade, profissionalização, profissionalismo na formação stricto sensu. IX FIPED – Fórum Internacional de Pedagogia/III Seminário Nacional de Educação Básica: Educação – Resistência – Liberdade. UFPA/Campus Abaetetuba. nov. 2017b.

_______. Ensino da química na perspectiva investigativa em escolas públicas do município de Castanhal-Pará. 2015. 120f. Dissertação (Mestrado). Universidade Federal do ABC. Santo André. São Paulo.

SANTOS, J. L. G.; et al. Perspectivas metodológicas para o uso da teoria fundamentanda nos dados na pesquisa em enfermagem e saúde. Esc. Anna Nery. 20(3). jul/set. 2016.

SAVIANI, J. R. Empresabilidade: Como as Empresas Devem Agir Para Manter em Seus Quadros Elementos com Alta Taxa de Empregabilidade. São Paulo: Makron Books, 1997.

STRAUSS, A.; COBIN, J. Pesquisa qualitativa: técnicas e procedimentos para o desenvolvimento de teoria fundamentada. 2ª ed. Porto Alegre (RS): Artmed; 2008;

VAILLANT, D.; MARCELO, C. Ensinando a ensinar: As quatro etapas de uma aprendizagem/ Denise Vaillant, Carlos Marcelo. – 1. Ed. Curitiba: Ed. UFTPR, 2012.

______. La identidad docente: La importância del professorado como persona. In: COLEN, M. Nuevas tendências em la formación permanente del professorado. Barcelona: Universidad de Barcelona, 2010.

Downloads

Publicado

20-12-2018

Como Citar

Rocha, carlos J. T. da. (2018). Motivações para o desenvolvimento profissional docente em comunidade com postura investigativa. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 9(27), 157–183. https://doi.org/10.26514/inter.v9i27.2616