Repensando a formação da nutrição para atenção básica à saúde a partir da percepção dos discentes

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Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.3815

Palavras-chave:

Nutrição em Saúde Pública, Atenção Primária a Saúde, Formação profissional.

Resumo

A formação do nutricionista como profissional de saúde deve favorecer um processo de ensino e aprendizagem capaz de oferecer ao mercado de trabalho profissionais que, além da competência técnica, sejam aptos para compreender, analisar e intervir nos problemas sociossanitários dos locais e cenários onde atuam. Este estudo tem como objetivo compreender a percepção dos discentes de nutrição acerca da formação para a AB. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com discentes dos cursos de graduação em nutrição de três instituições de ensino superior do município de Maceió/AL, sendo duas públicas e uma privada. Utilizou-se o Grupo Focal como instrumento de produção do material empírico e a técnica de análise do conteúdo na modalidade de análise temática. Os discentes citaram a metodologia tradicional como o método de ensino mais utilizado, cujas atividades teóricas se sobrepuseram às práticas, que foram pontuais e fragmentadas. Novas pesquisas, bem como o compartilhamento de experiências exitosas, que abordem a formação do nutricionista para atuar no contexto da saúde pública e/ou AB, devem ser incentivadas, por possibilitar o avanço das discussões da atuação do nutricionista no âmbito do SUS e atenção básica, por fomentar a formação dos discentes e futuros nutricionistas.

Biografia do Autor

Amanda Maria Monteiro Ferreira, Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas

Mestranda em Ensino na Saúde e Tecnologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

 

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Publicado

17-08-2020

Como Citar

Ferreira, A. M. M. (2020). Repensando a formação da nutrição para atenção básica à saúde a partir da percepção dos discentes. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(31), 440–473. https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.3815