Repensando a formação da nutrição para atenção básica à saúde a partir da percepção dos discentes

Visualizações: 1376

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.3815

Palabras clave:

Nutrição em Saúde Pública, Atenção Primária a Saúde, Formação profissional.

Resumen

A formação do nutricionista como profissional de saúde deve favorecer um processo de ensino e aprendizagem capaz de oferecer ao mercado de trabalho profissionais que, além da competência técnica, sejam aptos para compreender, analisar e intervir nos problemas sociossanitários dos locais e cenários onde atuam. Este estudo tem como objetivo compreender a percepção dos discentes de nutrição acerca da formação para a AB. Trata-se de uma pesquisa do tipo descritiva, exploratória, com abordagem qualitativa, realizada com discentes dos cursos de graduação em nutrição de três instituições de ensino superior do município de Maceió/AL, sendo duas públicas e uma privada. Utilizou-se o Grupo Focal como instrumento de produção do material empírico e a técnica de análise do conteúdo na modalidade de análise temática. Os discentes citaram a metodologia tradicional como o método de ensino mais utilizado, cujas atividades teóricas se sobrepuseram às práticas, que foram pontuais e fragmentadas. Novas pesquisas, bem como o compartilhamento de experiências exitosas, que abordem a formação do nutricionista para atuar no contexto da saúde pública e/ou AB, devem ser incentivadas, por possibilitar o avanço das discussões da atuação do nutricionista no âmbito do SUS e atenção básica, por fomentar a formação dos discentes e futuros nutricionistas.

Biografía del autor/a

Amanda Maria Monteiro Ferreira, Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas

Mestranda em Ensino na Saúde e Tecnologia da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

Especialista em Saúde da Família pelo Programa de Residência Multiprofissional da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas

 

Citas

AGUIAR, C. B; COSTA, N.M.S.C. Formação e atuação de nutricionistas dos Núcleos de Apoio à Saúde da Família. Rev. Nutr., Campinas, v.28, n.2, p.207-216, mar./abr., 2015. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732015000200207&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 30 dez.2018.

ALVES, J. E. D. As diferentes velocidades do envelhecimento populacional. Ecodebate, 2017. Disponível em: https://www.ecodebate.com.br/2017/12/01/as-diferentes-velocidades-do-envelhecimento-populacional-artigo-de-jose-eustaquio-diniz-alves/.

ALMEIDA FILHO, N. Transdisciplinaridade e o paradigma pós-disciplinar na saúde. Saúde e Sociedade, São Paulo, v. 14, n. 3, p. 30-50, 2005.

AQUILINO, G.M.A. Estágio Integrado e a Formação em Saúde: a experiência em uma Unidade Docente Assistencial. Maceió- AL, 2016. Dissertação (Mestrado Profissional de Pesquisa em Saúde) Centro Universitário Cesmac, Maceió-AL, 2016.

ARAÚJO, F. G. Tendência da prevalência de sobrepeso, obesidade, diabetes e hipertensão em mulheres brasileiras em idade reprodutiva, Vigitel 2008-2015 [manuscrito] / Fernanda Gontijo Araújo. - 2018. 109 f. Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem. Disponível em: http://www.enf.ufmg.br/pos/defesas/937M.PDF. Acesso em; 14 de abril de 2019.

ARAÚJO, J.D. Polarização Epidemiológica no Brasil. Epidemiol. Serv. Saúde, Brasília, v.21, n.4, p.533-538, out – dez 2012. Disponível em: <http://scielo.iec.gov.br/pdf/ess/v21n4/v21n4a02.pdf>. Acesso em 02 jan. 2019.

BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A Transição Nutricional no Brasil: tendências regionais e temporais. Caderno de Saúde Pública, 19 (Sup. 1): S181-S191, 2003, Rio de Janeiro, v. 1, n. 19, p. 181-191, jan. 2003. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0102-311X2003000700019&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 04 jan.2019.

BRASIL. Ministério da Saúde. Aprova a Política Nacional de Atenção Básica, estabelecendo a revisão de diretrizes para a organização da Atenção Básica, no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Portaria n. 2.436, de 21 de setembro de 2017.Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2017b. Disponível em:<https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/registro/Portaria_no 2_436_de_21_de_se tembro_de_2017/295>. Acesso em: 17 jun. 2018.

BRASIL. Conselho Nacional de Educação, Câmara de Educação Superior. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Graduação em Nutrição. Resolução n. 5, de 7 de novembro de 2001. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 9 nov. 2001a. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES05.pdf>. Acesso em: 24 jan. 2019.

BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70. 2011.

BOGANHA, A.S. Introdução de metodologias ativas no ensino de nutrição clínica em um curso de tecnico em nutrição e dietetica. Dissertação (Pontifica Universidade Catolica de São Paulo. Faculdade de Ciencias Medicas e da Saúde, 2016.

BERBEL, N. A. N. As metodologias ativas e a promoção da autonomia de estudantes. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, jan./jun. 2011.

BENITO, G.A.V. et. Al. Desenvolvimento de competências gerais durante o estágio supervisionado. Rev Bras Enferm, v. 65, n. 1, p. 172-178, 2012. Disponivel em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672012000100025. Acesso em: 15 mar.2019.

BORGES, T. S.; ALENCAR, G. Metodologias ativas na promoção da formação crítica do estudante: o uso das metodologias ativas como recurso didático na formação crítica do estudante do ensino superior. Cairu em Revista, Salvador, ano 3, n. 4, p. 119-143, jul./ ago. 2014.

CUNHA, D.; RODRIGUES, V.B. Vivência do residente em nutrição da RMAB no processo de trabalho do NASF na Região de saúde leste do Distrito Federal. Tempus, actas de saúde colet., Brasília, v.10, n.4, p. 289-295, dez, 2016. Disponível em: < http://www.tempusactas.unb.br/index.php/tempus/article/view/2288>. Acesso: 23 jul.2018.

ESCOBAR, S. J. M. ENSINO-APRENDIZAGEM NA GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO. Congresso Nacional de Educação EDUCERE. Pontifica Universidade Católica do Paraná. Curitiba, 2013.

FUJITA, J. A. L. et al. Uso da metodologia da problematização com o Arco de Maguerez no ensino sobre brinquedo terapêutico. Rev. Port. de Educação, Braga , v. 29, n. 1, p. 229-258, jun. 2016 . Disponível em <http://www.scielo.mec.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S087191872016000100011&lng=pt&nrm=iso>. acesso em 27 de março de 2018.

FREIRE, P. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1994.

GARCIA, M. A. A. et al. A interdisciplinaridade necessária para a formação médica. Revista Brasileira de Educação Médica, Rio de Janeiro, v. 31, n. 2, p. 147-155, 2007.

GORDIANO, E.A.. Pbl na formação de acadêmicos de nutrição: uma revisão integrativa - 2008 a 2018. Monografia (Especialista em Ensino Médico). Programa de Pós-Graduação em Ensino Médico, Setor de Ciências da Saúde da Universidade Federal do Paraná. Curitiba, 2018.

GASPARIN, JL. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. 2ªed. Campinas, SP: Autores Associados; 2003.

JUNQUEIRA, T. S; COTTA, R.M.M. Matriz de ações de alimentação e nutrição na Atenção Básica de Saúde: referencial para a formação do nutricionista no contexto da educação por competências. Ciênc. Saúde Coletiva, [s.l.], v. 19, n. 5, p. 14591474, maio 2014. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232014000501459&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 27 fev.2019.

MENEZES, M. G; SANTIAGO, M. E. Contribuição do pensamento de Paulo Freire para o paradigma curricular crítico-emancipatório. Pro-Posições, Campinas, v. 25, n. 3, p. 45-62, dez. 2014. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/pp/v25n3/v25n3a03.pdf>. Acesso em: 23 fev. 2019.

MALTA, D.C. et al. Doenças crônicas não transmissíveis e a utilização de serviços de saúde: análise da Pesquisa Nacional de Saúde no Brasil. l. Rev Saude Publica. 2017;51 Supl 1:4s. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v51s1/pt_0034-8910-rsp-S1518-87872017051000090.pdf. Acesso em: 14 de abril de 2019.

MAIS, L. A. et al. Formação de hábitos alimentares e promoção da saúde e nutrição: o papel do nutricionista nos núcleos de apoio à saúde da família – NASF. APS, São Paulo, v. 2, n. 18, p. 248-255, abr. 2015. Disponivel em: https://periodicos.ufjf.br/index.php/aps/article/view/15484. Acesso em: 28 jan.2019.

MITCHELL, S.; SHAW, D. The worldwide epidemic of female obesity. Best Practice & Research. Clinical Obstetrics & Gynaecology, Netherlands, v.29, n.3, p. 289-299, 2015. Disponível em: Acesso em: 17 jan. 2018.

MITRE, S. M. I. et al. Metodologias ativas de ensinoaprendizagem na formação profissional em saúde: debates atuais. Ciência e Saúde Coletiva, Rio de Janeiro, v. 13, s. 2, p. 2133-2144, 2008.

MENDES, F. R. P. et al. Social Representations of nursing students about hospital assistance and primary health care. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v. 69, n. 2, p. 321-328, apr. 2016.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 14. ed., São Paulo: Hucitec, 2014. 407 p.

PINHEIRO, A.R.O et. al. Percepção de professores e estudantes em relação ao perfil de formação do nutricionista em saúde pública. Rev. Nutr., Campinas, v. 25, n.5, p.631-643, set./out., 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rn/v30n6/1415-5273-rn-30-6-0835.pdf . Acesso em: 20 abri 2019.

RECINE, E. et al. A formação em saúde pública nos cursos de graduação de nutrição no Brasil. Rev. Nutr., Campinas, v.25, n.1, p.21-33, jan.- fev., 2012. Disponível em:< http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1415-52732012000100003&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 18 abril 2019.

SOBRAL, F.R; CAMPOS, C.J.G. Utilização de metodologia ativa no ensino e assistência de enfermagem na produção nacional: revisão integrativa. Rev Esc Enferm USP 2012; 46(1):208-18.

SANTOS, J. C.R. Metodologias ativas e interdisciplinaridade na formação do nutricionista. Semina: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 38, n. 1, p. 117-128, jan./jun. 2017. Disponivel: http://www.uel.br/revistas/uel/index.php/seminasoc/article/view/28205. Acesso em: 25 junho. 2019.

SANTOS, A. C. A inserção do nutricionista na estratégia da saúde da família: o olhar de diferentes trabalhadores da saúde. Fam. Saúde Desenv., Curitiba, v. 3, n. 7, p. 257-265, set. 2005. Disponível em: < https://revistas.ufpr.br/refased/article/view/8033>. Acesso em: 04 fev.2019.

SOUZA, E.B. Transição nutricional no Brasil: análise dos principais fatores. Cadernos UniFOA. Volta Redonda, Ano V, n. 13, agosto 2010. Disponível em: http://revistas.unifoa.edu.br/index.php/cadernos/article/view/1025/895. Acesso em: 14 de abril 2019.

SCHOTT, M. Articulação ensino-serviço: estratégia para formação e educação permanente em saúde. REFACS (online), Minas Gerais, v. 6, n. 2, abr-jun. 2018.

Disponível em: <http://www.redalyc.org/articulo.oa?id=497955513017>. Acesso em: 8 ago. 2018.

TEIXEIRA, J.A; SILVA, B.E.M. A importância da intervenção do nutricionista na rede pública de saúde. Revista Perquirere. Patos de Minas, n14, v.1, p.119-127, jan./abril. 2017. Disponível em:< http://perquirere.unipam.edu.br/documents/23456/1739550/A+import%C3%A2ncia+da+interven%C3%A7%C3%A3o+do+nutricionista.pdf>. Acesso em: 28 de jan.2019.

UCHÔA, P. A. ESTÁGIO INTEGRADO EM SAÚDE E APRENDIZAGEM INTERPROFISSIONAL: Percepção dos discentes. Dissertação (Mestrado Profissional em Ensino na Saúde) Universidade federal de Alagoas. Faculdade de medicina, 2018.

VASCONCELOS, F.A.G. O nutricionista no Brasil: uma análise histórica. Rev Nutr. 2002; v.15, n.2, p.127-38, 2002. Disponível em: < http://www.scielo.br/scielo.php?pid=s1415-52732002000200001&script=sci_abstract&tlng=pt>. Acesso em: 25 de nov.2018

WORLD HEALTH ORGANIZATION (WHO). Obesity: preventing and managing the global epidemic. Report of a World Health Organization Consultation. Geneva: World Health Organization, 2017. Disponível em: < whqlibdoc.who.int/trs/WHO_TRS_894.pdf>. Acesso em: 04 fev.2019.

YPIRANGA, L.; GIL, M.F. Formação profissional do nutricionista: por que mudar? In: CUNHA, D.T.O., YPIRANGA, L., GIL, M.F. (Org.). II Seminário Nacional sobre o ensino de nutrição. Goiânia: FEBRAN, 1989. p. 20-36.Available from: < http://www.scielo.br/pdf/reben/v69n2/0034-7167-reben-69-02-0343.pdf>. Access: 2018 jun. 28.

Publicado

2020-08-17

Cómo citar

Ferreira, A. M. M. (2020). Repensando a formação da nutrição para atenção básica à saúde a partir da percepção dos discentes. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 11(31), 440–473. https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.3815