Literatura, formação humana e docente: vontades e utopias de crianças e adultos numa bolsa amarela
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https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4588Palavras-chave:
Humanização, Imaginário, Mediação, Literatura, Formação docente.Resumo
O presente texto tece considerações sobre a formação humana e docente e a literatura a partir da filosofia sartriana e dos pressupostos que fundamentaram a práxis de um subprojeto do curso de Pedagogia da Universidade Estadual de Goiás, na Unidade Universitária de Inhumas, participante do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (Pibid). O trabalho foi realizado mediante uma análise documental de registros individuais produzidos por um grupo de sete bolsistas, sendo sete relatórios finais e sete questionários com 10 questões respondidas pelas bolsistas após a conclusão do trabalho com o livro A bolsa amarela, de Lygia Bojunga Nunes. O estudo estabelece um diálogo entre os dados coletados e o referencial teórico que subsidiou os momentos de estudo e as práticas do subprojeto, em especial Cândido (1995), Benjamin (1996), Freire (1996), Siqueira (2013) e Valdez (2018). Por fim, o texto conclui que a humanização reivindica a literatura e que esta não comporta as fronteiras didático-pedagógicas que insistem em submeter adultos e crianças a padrões e estereótipos na lida do ensinar e do aprender.Referências
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