Educação estética em Abya Yala
inter-relações entre o pensamento freiriano e o Bem Viver
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https://doi.org/10.61389/inter.v14i41.7509Palavras-chave:
América Latina e Caribe, Artes Visuais, Estéticas Decoloniais, HumanizaçãoResumo
Este artigo parte da premissa da indissociabilidade entre razão e sensibilidade na formação estética dos/as educandos/as, de modo a sistematizar estudos que problematizam o legado ocidental hegemônico inscrito no campo epistêmico. A concepção “bancária” que configura a educação, tende a fazer com que a população estude de forma isolada arte e estética, dentro dos paradigmas do pensamento ocidental, deslegitimando os demais saberes emotivo-intelectuais produzidos no contexto de Abya Yala. Assim, neste artigo procura-se refletir sobre como a estética do ponto de vista dos povos originários da etnia Boe, Wayana, Potiguara e Yanomami, se inter-relacionam ao pensamento freiriano e aos estudos sobre Bem Viver, prática proposta nos novos constitucionalismos latino-americanos do Equador e Bolívia. Para isso, discute-se o campo da educação estética numa perspectiva libertadora e decolonial, ação que exige abertura a aprender com os saberes milenários dos povos originários e traçar caminhos para uma formação humana construída no horizonte do Bem Viver, da comunhão e da solidariedade dos existires. Como resultado, aponta-se para a importância de refletir sobre a existência de estéticas e artes no plural, na busca por criar alternativas epistêmicas dispostas a aprender com as cosmovisões indígenas.
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