Desafios na permanência de estudantes indígenas no ensino superior
um estudo qualitativo durante a Pandemia de Covid-19
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https://doi.org/10.61389/inter.v15i43.8770Palavras-chave:
Ensino superior, Política de permanência estudantil, Indígenas, Pandemia de Covid-19Resumo
A Pandemia de Covid-19 trouxe repercussões para o ensino superior e exigiu que as
universidades públicas brasileiras repensassem as suas políticas de permanência. O objetivo
desse artigo é analisar as repercussões da Pandemia de Covid-19 na permanência de
estudantes indígenas em uma universidade pública da região centro-oeste do Brasil e o papel
desempenhado pela política de permanência estudantil. O estudo empírico foi desenvolvido
entre os anos de 2020 e 2022, por meio de entrevistas com estudantes indígenas e por análise
documental. Apesar de as políticas de assistência estudantil da universidade terem atendido
quantitativamente às suas demandas, historicamente esse público encontra-se em condições de
desigualdades na educação superior. Na pandemia, as barreiras estiveram no acesso precário
à internet, na sobrecarga de tarefas domésticas e acadêmicas, na ausência de infraestrutura
física para estudos, na não flexibilização de atividades acadêmicas, bem como no agravo à
saúde mental. Outros entraves que já ocorriam antes da pandemia eram o não acesso a
programas da assistência estudantil, a discriminação em sala de aula e as práticas didáticas
que não dialogam com as suas epistemologias.
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