Desafios contemporâneos para a educação museal

Visualizações: 945

Authors

  • Maria Emilia Sardelich Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1956

Keywords:

Educação Museal, Modos de Endereçamento, Performatividade.

Abstract

Este artigo tem por objetivo indicar os referênciais teóricos e metodológicos que tem orientado as ações educativas das instituições museológicas de Artes Visuais ao longo do século XX. Por meio de uma pesquisa bibliográfica, apresenta algumas representações de museu, seguidas das principais tendências que tem norteado os serviços educativos. Relaciona os posicionamentos teóricos que procuram responder as demandas colocadas à instituição museal na contemporaneidade. Sinaliza que os referenciais teóricos e metodológicos têm se construído a partir de oposições dicotômicas hierarquizadas entre acervo/coleção e visitante, com a pretensão de que o visitante responda de acordo com as expectativas de curadores e ou educadores. Conclui que pensar um museu do século XXI nos desafia a compreender a linguagem visual como um sistema performativo e como os atos visuais do e no museu endereçam as ações educativas.

Author Biography

Maria Emilia Sardelich, Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

Professora da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Educação (CE), Departamento Metodologia da Educação (DME) e Programa Associado de Pós-Graduação em Artes Visuais (PPGAV UFPB/UFPE). Doutora em Educação pela Universidade Federal da Bahia (2001), pós-doutorado na Universidade de Barcelona (2003), área de Cultura Visual. Especialista em Planejamento, Implementação e Gestão da EaD, pela Universidade Federal Fluminense (2011), em Tecnologias e Métodos de formação em rede: tutor on line, pela Universidade de Salamanca (USAL), Espanha (2006); em E-Learning pela Universidade Nacional de Educação a Distancia (UNED), Espanha (2005). 

References

ACASO, Maria. Del paradigma modernista al posmuseo: seis retos a partir del giro educativo (¿Lo intentamos?) In: ACASO, Maria (coord.) Perspectivas: Situación actual de la educación en los museos de artes visuales. Madrid: Editorial Ariel/Fundación Telefónica, 2011. p. 30-38

BRASIL. Estatuto de Museus. Decreto-Lei n.º 11.904, de 14 de janeiro de 2009. Disponível em: <http://corem1r.com/pdf/lei_11904.pdf> Acesso em: 15/07/2017.

______. Ministério da Cultura. Bases para a Política Nacional de Museus: memória e cidadania. Brasília, Minc: 2003.

BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

CABRAL, Magaly; RANGEL, Aparecida. A curadoria de processos educativos de ações esparsas à curadoria. In: JULIÃO, Letícia; BITTENCOURT, José Neves (orgs.) Cadernos de diretrizes museológicas 2 : mediação em museus: curadorias, exposições, ação educativa. Belo Horizonte: Secretaria de Estado de Cultura de Minas Gerais, Superintendência de Museus, 2008. p. 168 - 178

DELEUZE, Gilles. Os Intercessores. In: Conversações, 1972-1990. Rio de Janeiro: Ed. 34, 2008. p. 151-168.

DEWEY, John. Arte como Experiência. São Paulo: Martins Fontes, 2010.

ECO, Umberto. El museo en el tercer milenio. Revista de Ocidente, n. 290-291, p. 33-53, 2005.

ELLSWORTH, Elizabeth. Modos de endereçamento: uma coisa de cinema; uma coisa de

educação também. In: SILVA, Tomaz Tadeu. (org.). Nunca fomos humanos: nos rastros do sujeito. Belo Horizonte: Autêntica, 2001.

FOUCAULT, Michel. Ditos & Escritos III: estética, literatura e pintura, música e cinema. 2 ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009.

FRÓIS, João Pedro. Os Museus de Arte e a Educação: discursos e práticas contemporâneas. Revista Museologia.pt, n. 2, p. 62-75, 2008.

INSTITUTO BRASILEIRO DE MUSEUS, IBRAM. Política Nacional de Educação Museal. Brasília: IBRAM, 2017.

LARA FILHO, Durval de. O museu no século XXI ou o museu do Século XXI? Periódico Permanente. v.1, n.1, 2012. Disponível em: <http://www.forumpermanente.org/revista/edicao-0/textos/o-museu-no-seculo-xxi> Acesso em: 15/07/2017.

MARTINS, Mirian Celeste. Mediação cultural: [entre] laçamentos de territórios da arte e cultura e curadorias educativas. Revista Matéria-Prima, v. 4, n. 1, p. 28-38, jan./abr. 2016.

SERDIO, Aida Sánchez de. Las paradojas de la pedagogía crítica o la resistencia de la realidad. In: ACASO, Maria (coord.) Perspectivas: Situación actual de la educación en los museos de artes visuales. Madrid: Editorial Ariel/Fundación Telefónica, 2011. p. 55-58

TEIXEIRA, Anisio. Bibliotecas e museus: instituições básicas. Uma entrevista do professor Anísio Teixeira. IBBD/Boletim Informativo, Rio de Janeiro, v. 2, n. 06, nov./dez., 1956.

PADRÓ, Carla; LÓPEZ, Eneritz, KIVATINETZ, Magalí. Estilos de aprendizaje y metodologías para trabajar en Museos. In: PADRÓ, Carla (edit.) Mediación Museística. Barcelona: Mapa de las Ideas, 2014. p. 89-104.

PADRÓ, Carla. La culpa es del swing o ¿por qué no hablamos de relaciones pedagógicas también en los museos? In: ACASO, Maria (coord.) Perspectivas: Situación actual de la educación en los museos de artes visuales. Madrid: Editorial Ariel/Fundación Telefónica, 2011. p. 52-55.

VIANNA, Rachel de Souza. O discurso na mediação em Artes Visuais. In: ARSLAN, Luciana Mourão; MELO, Roberta Maira de. Artes visuais e educação: ensino e formação. Uberlândia, MG: EDUFU, 2017. p. 103-125.

Downloads

Published

2017-09-20

How to Cite

Sardelich, M. E. (2017). Desafios contemporâneos para a educação museal. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 8(23), 182–207. https://doi.org/10.26514/inter.v8i23.1956

Issue

Vol. 8 No. 23 (2017): Educação, currículo e patrimônio cultural

Section

Artigos

License

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

 

a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;

 

b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;

 

c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.