A imanência como outra imagem para a educação
Visualizações: 235DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4378Palabras clave:
Educação, Noção do fora, Filosofia, Land art.Resumen
Como encontrar outra imagem para a educação que privilegie a vida em sua potência e desafie a repetição e a homogeneização que ocorrem em fazeres docentes, muitas vezes desconectados dos contextos sociais e culturais presentes na escola? O texto parte da prerrogativa de que a educação é constituída por parâmetros estipulados por diretrizes curriculares e, por conta desse fator, surge, muitas vezes, um enfrentamento inevitável com o que ocorre no cotidiano escolar, muito mais diverso e heterogêneo do que aquele projetado pelos referenciais curriculares. Para (re)pensar essa problemática na educação, escolhe-se como interlocução a área da filosofia, especialmente a noção do fora de Maurice Blanchot e seu desdobramento em Michel Foucault e Gilles Deleuze, propondo, a partir de referências da land art, outra imagem de pensamento para a educação que se contraponha à sua imagem transcendente usual. Entende-se que a noção do fora possibilita compreender a arte como campo de forças, multifacetado. Para que a educação e a escola deixem de ser esse espaço obsoleto e distante da realidade dos alunos, é preciso que estejam inseridas na atualidade. Definitivamente, a escola não é lugar de embrutecimento, de encaixotar conhecimentos, onde se aprende de alguém que detém e transmite o conhecimento.
Citas
AQUINO, Júlio Groppa; CORAZZA, Sandra Mara. Dicionário das ideias feitas em educação. Ilustrações: Mayra Martins Redin. Belo Horizonte: Autêntica, 2011.
BLANCHOT, Maurice. A parte do fogo. Trad.: Ana Maria Scherer. Rio de Janeiro: Rocco, 2011.
CORAZZA, Sandra Mara. Para uma filosofia do inferno na educação: Nietzsche, Deleuze e outros malditos afins. Belo Horizonte: Autêntica, 2002.
DELEUZE, Gilles. Foucault. Trad.: Cláudia Sant’Anna Martins. São Paulo: Brasiliense, 2005.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. O que é filosofia? Trad.: Bento Prado Jr. e Alberto Alonso Muñoz. São Paulo: Editora 34, 1992.
EARTHWORK. In: ENCICLOPÉDIA Itaú Cultural. São Paulo: Itaú Cultural, 2020. Disponível em: <http://enciclopedia.itaucultural.org.br/termo3649/earthwork>. Acesso em: 12 fev. 2020.
EDUCAR. In: DICIONÁRIO Etimológico: etimologia e origem das palavras. Disponível em: <https://www.dicionarioetimologico.com.br/educar/>. Acesso em: 2 nov. 2019.
ESCOLA. In: DICIONÁRIO Etimológico: etimologia e origem das palavras. Disponível em: <https://www.dicionarioetimologico.com.br/escola/>. Acesso em: 2 nov. 2019.
FLAUBERT, Gustave. Dicionário das ideias feitas. Disponível em: <https://issuu.com/annnus/docs/gustave_faubert>. Acesso em: 4 out. 2019.
FOUCAULT, Michel. Estética: literatura e pintura, música e cinema. Trad.: Inês Autran Dourado Barbosa. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2009. (Ditos e escritos III.)
LAPOUJADE, David. Deleuze: os movimentos aberrantes. Trad.: Laymert Garcia dos Santos. São Paulo: n-1 edições, 2015.
LEVY, Tatiana Salem. A experiência do fora: Blanchot, Foucault, Deleuze. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.
MASSCHELEIN, Jan; SIMONS, Maarten. Experiências escolares: uma tentativa de encontrar uma voz pedagógica. In: LARROSA, Jorge (org.). Elogio da Escola. Trad.: Fernando Coelho. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2018.
SMITHSON, Robert. Uma sedimentação da mente: projetos de terra. In: FERREIRA, Glória; COTRIM, Cecília (orgs.). Escritos de Artistas: anos 60/70. Rio de janeiro: Zahar, 2006, pp. 182-197.
ZOURABICHVILI, François. Deleuze: uma filosofia do acontecimento. Tradução e prefácio de Luiz B. L. Orlandi. São Paulo: Editora 34, 2016.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.