Ilha Interdisciplinar de Racionalidade: Uma Proposta na Educação Infantil a partir do Tema Moradia
Visualizações: 512DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v12i35.4749Palabras clave:
Ativismo, Ilha Interdisciplinar de Racionalidade, Interdisciplinaridade, Educação InfantilResumen
Este artigo tem o objetivo de apresentar os resultados de um estudo realizado com alunos de uma turma de educação infantil na construção de uma Ilha Interdisciplinar de Racionalidade sobre o tema moradia. A abordagem metodológica da pesquisa foi a qualitativa, de natureza interpretativa, com observação participante. O trabalho foi realizado com 18 alunos da Educação Infantil, de um colégio particular da cidade de Ponta Grossa, estado do Paraná, Brasil. Para a coleta dos dados utilizou-se, anotações em diário de campo das ações/interações e produções dos alunos (desenhos e colagens). Os principais resultados evidenciam a percepção de que as formas de construir moradias variam de lugar para lugar, conforme as características inerentes ao contexto. Por meio de atividades lúdicas que foram desenvolvidas e observações notou-se essa variedade de moradias, proporcionando o desenvolvimento de diversos conceitos, dentre eles o uso de materiais, a arquitetura, as prioridades locais e as necessidades dos habitantes, inclusive a dos animais que também precisam ter seu lugar. Podendo ainda em algumas situações o proprietário ser o construtor de sua própria casa. Desta feita colaborações dos mais diversos aspectos e materiais são de suma importância para minimizar desigualdades. Estes resultados apontam para a possibilidade de um ensino interdisciplinar com cooperação entre as disciplinas e as especialidades, possibilitando assim, desde a educação infantil um processo de ensino e aprendizagem com ação e participação do aluno na tomada de decisão e uma visão não fragmentada.
Citas
AIUB, M. Interdisciplinaridade: da origem à atualidade. O Mundo da Saúde [Internet], v. 30, n. 1, p. 107-16, 2006.
ASSMANN, H. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.
BENCZE, L.; ALSOP, S. (Eds). Activist Science and Technology Education. Dordrecht: Springer Press, 2014.
BICUDO, M. A. V. A pesquisa interdisciplinar: uma possibilidade de construção do trabalho científico/acadêmico. Educação Matemática Pesquisa, v. 10, n. 1, 2008.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais: terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental; Ciências. Brasília: MEC/SEF, v. 4, 1998. Disponível em:
Acesso em: 04 out. 2019.
CARVALHO. A. M. P.; et al. Ensino de Ciências: unindo a pesquisa e a prática. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2006.
CUNHA, M. V. John Dewey e o pensamento educacional brasileiro: a centralidade da noção de movimento. Revista Brasileira de Educação. n. 17. São Paulo, Mai/Jun/Jul/Ago, 2001.
FABRI, F; SILVEIRA, R. M. C. F. O ensino de ciências nos anos iniciais do ensino fundamental sob a ótica cts: uma proposta de trabalho diante dos artefatos tecnológicos que norteiam o cotidiano dos alunos. Investigações em Ensino de Ciências – V18. Nº.1, pp. 77-105, 2013.
FAZENDA, Ivani C. A. Interdisciplinaridade: um projeto em parceria. 5 ed. São Paulo: Loyola, 2002.
HODSON, D. Becoming Part of the Solution: Learning about Activism, Learning through Activism, Learning from Activism . In: BENCZE, Larry ; ALSOP, Steve (Eds). Activist Science and Technology. Cultural Studies of Science Education, v. 9. Toronto: Springer, 2014. p.64- 99.
_____, D. (2011). Looking to the future: building a curriculum for social activism. Rotterdam: Sense Publishers.
_____, D. Learning and Teaching Science: Approach Personalized a Towards. Buckingham: Open University Press, 1998, 200 p.
JAPIASSU, H. Interdisciplinaridade e Patologia do Saber. Rio de Janeiro: Imago, 1976.
_____. Práticas Interdisciplinares na Escola. São Paulo> Cortez, 1996.
LENOIR, Yves. Importância da interdisciplinaridade na formação de professores do ensino fundamental. Cadernos de Pesquisa, n. 102, p. 5-22, 1997.
MUNDINHO DA CRIANÇA. Tipos de moradias. Disponível em: <http://www.mundinhodacrianca.net/2011/10/historia-das-moradias-atividadesmodelos.html>. Acesso em: 20 de jul. 2019.
PELEIAS, I. R. et al. Interdisciplinaridade no ensino superior: análise da percepção de professores de controladoria em cursos de ciências contábeis na cidade de São Paulo. Avaliação: Revista da Avaliação da Educação Superior, v. 16, n. 3, 2011.
PEREIRA, E. A; MARTINS, J. R.; ALVES, V. dos S. e DELGADO, E. I. – A contribuição de John Dewey para a Educação. Revista Eletrônica de Educação. São Carlos, SP: UFSCar, v.3, no. 1, p. 154-161, mai. 2009. Disponível em http://www.reveduc.ufscar.br.
PIETROCOLA, M. et al. As Ilhas de Racionalidade e o Saber Significativo: o Ensino de Ciências através de Projetos. Revista Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências, v. 2, n. 1, p. 99-122, 2000.
PINHEIRO, T. DE F. Um exemplo de construção de uma Ilha de Racionalidade em torno da noção de energia. Florianópolis: Grupo de Pesquisa em Ensino de Física – CFM UFSC. 2002.
Reis, P. (2013a). Da discussão à ação sócio-política sobre controvérsias sócias científicas: uma questão de cidadania. Ensino de Ciências e Tecnologia em Revista, 3(1), 1-10.
SANTOS, W. L. P; MORTIER, E. F. Uma análise de pressupostos teóricos da abordagem C-T-S- (Ciência – Tecnologia – Sociedade) no contexto da educação brasileira. Ensaio – Pesquisa em Educação em Ciências.V.02 N. 02. Dezembro 2002.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.