As infecções sexualmente transmissíveis na percepção de pessoas surdas

Visualizações: 1118

Autores

  • Rosane Teresinha Fontana
  • Patricia Friske Schwiderke
  • Maria Aparecida Brum Trindade

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v9i26.1479

Palavras-chave:

surdez, educação sexual, educação em saúde,

Resumo

A pesquisa, do tipo aplicada, de produção tecnológica, objetivou elaborar um objeto de aprendizagem, em LIBRAS, sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis, de modo a contribuir para a construção de saberes de pessoas com deficiência auditiva. Inicialmente foram entrevistados três adolescentes surdos, de uma escola pública, situada no interior do Rio Grande do Sul, com auxílio de uma intérprete de Língua de Sinais, com o intuito de alicerçar os assuntos integrantes do objeto de aprendizagem. Os saberes expressos pelos alunos foram limitados, considerando que não identificaram os principais agentes causadores e demonstraram conhecimento deficiente sobre prevenção, sintomatologia e tratamento. Ampliar espaços de discussão transdisciplinar nos cenários de saúde e educação pode auxiliar na reflexão dos profissionais acerca das diversidades e deficiências do ser humano, ampliando o olhar para a elaboração de recursos que facilitem a comunicação e os processos de educação em saúde da pessoa surda.

 

Biografia do Autor

Rosane Teresinha Fontana

DOUTORA EM ENFERMAGEM. DOCENTE NA GRADUAÇÃO E NO MESTRADO NA UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES, CAMPUS SANTO ANGELO/RS

Patricia Friske Schwiderke

enfermeira graduada pela UNIVERSIDADE REGIONAL INTEGRADA DO ALTO URUGUAI E DAS MISSÕES, CAMPUS SANTO ANGELO/RS

Referências

BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (BR). Censo 2010: escolaridade e rendimento aumentam e cai mortalidade infantil, 2012a.

BRASIL. Secretaria de Educação Especial Deficiência Auditiva (BR). Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental. Organizado por Giuseppe Rinaldi et al.-Brasilia: SEESP, 1997.

BRASIL. Decreto Nº 5.626 de 22 de dezembro de 2005 (BR). Regulamenta a Lei n.. 10.436, de 24 de abril de 2002, que dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Libras, e o art. 18 da Lei n. 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Diário Oficial da União, Seção 1, 2005.

BRASIL. Ministério da Saúde (BR). Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais. Portal sobre aids, doenças sexualmente transmissíveis e hepatites virais, 2014. Disponível em: http://www.aids.gov.br. Acesso em 10 dez 2014.

BRASIL. Ministério da saúde. Resolução n. 466, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre as diretrizes e normas regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos, 2012. Disponível em: http://conselho.saude.gov.br/resolucoes/2012/Reso466.pdf. Acesso em 21 dez 2014.

BRASIL. Projeto AJA. Manual Multiplicador Surdo Para Prevenção de HIV/Aids DST. Ministério da Saúde, Organização das nações unidas para a educação, a ciência e a cultura (colaboradores/apoiadores) [Internet]. 1998. Disponível em: http://www.libras.org.br/docsAIDS/apostila.pdf acesso em 20 set 2014

CAPOVILLA, F.C.; RAPHAEL, W.D. Dicionário Enciclopédico Ilustrado Trilingue da Língua de Sinais Brasileira. volI, São Paulo: EDUSP, 2001.

CARDOSO, F.S, CANAVARRO, A.M. Estudos sobre planejamento e design de módulo instrucional para o ensino de ciências para surdos. Polyphonía , v.22, n.1, p.189-209,2011.

CURSINO, H.M. et al. Orientação sexual para jovens adultos com deficiência auditiva. Rev. bras. educ. Espec., v.12, n.1, p. 29-48, 2006.

CHAVEIRO, N et al. Atendimento à pessoa surda que utiliza a língua de sinais, na perspectiva do profissional da saúde. Cogitare Enferm.2010; v.15, n.4, p. 639-45, 2010.

DORZIAT, A.Educação de surdos em tempos de inclusão.Revista Educação Especial, v. 28 ,n. 52, p. 351-364, maio/ago. 2015.

FERNANDES, J.F.P. Conhecimento de alunos deficientes auditivos e de seus educadores relacionado às doenças sexualmente transmissíveis. Rev. enferm. UERJ, v17,n.3, p. 338-43,2009.

FONTANA, R.T.; BRUM, Z.P. A educação em saúde fundamentada em Paulo freire: uma reflexão sobre as práticas do enfermeiro. Anais do Fórum de estudos sobre Paulo Freire, Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missõe/RS/BR, 2014.

GUIMARÃES, M.C.S; SILVA, C.H.; SANTANA, R.A.L. Uma abordagem de educação para saúde a partir da informação científica e tecnológica. RECIIS – R. Eletr. de Com. Inf. Inov. Saúde, v.6, n.2, 2012. Disponível: http://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/503/1152. Acesso em 23 nov 2014.

JUNG, C.F. Metodologia Científica: Ênfase em Pesquisa Tecnológica, 2003. Disponível em: http://www.unisc.br/portal/upload/com_arquivo/metodologia_cientifica....pdf Acesso em 20 out 2015

LEITE, N.S.L.; CUNHA, S.R.; TAVARES, M.F.L. Empowerment das famílias de crianças dependentes de tecnologia: desafios conceituais e a educação crítico-reflexiva freireana. Rev enferm UERJ, v. 19, n.1, p. 152-56, 2011.

LEVINO, D.A. et al. Libras na graduação médica: o despertar para uma nova língua. Rev. bras. educ. med, v. 37, n.2, p. 291-97, 2013.

LOPES, G.T. et al. Desafios na prevenção ao consumo de álcool. Esc Anna Nery Rev Enferm. v.11, n.4, p. 712-16, 2007.

MINAYO, M.C.S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. 12 ed. São Paulo: Hucitec, 2010.

NOBREGA, J.D et al. Identidade surda e intervenções em saúde na perspectiva de uma comunidade usuária de língua de sinais. Ciênc. Saúde Coletiva, v.17, n.3, p. 671-79, 2012.

OLIVEIRA, M.S.; FERNANDES, A.F.C.; SAWADA, N.O. Manual educativo para o autocuidado da mulher mastectomizada: um estudo de validação. Texto contexto-enferm , v. 17, n.1, p. 115-23, 2008.

PAULA, A.R. et al. Pessoas com deficiência: Pesquisa sobre a sexualidade e vulnerabilidade. Temas sobre Desenvolvimento, v.17, n.98, p. 51-65, 2010.

PINHEIRO FILHO, T.R.C. et al. Análise do conhecimento sobre DSTs e planejamento familiar entre deficientes auditivos e ouvintes de uma escola pública de Fortaleza. Rev. bras. educ. espec., v.16, n.1, p.137-50, 2010.

POLIT, D.F.; BECK, C.T. Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para a prática da enfermagem. 7. ed. Porto Alegre: Artes Médicas, 2011.

QUEIROZ, T.G.B. et al. Estudo de planejamento e design de um módulo instrucional sobre o sistema respiratório: o ensino de ciências para surdos.Ciênc. educ, v. 18, n.4, p. 913-30,2012.

RODRIGUES, M.J.. Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) na Adolescência. Nascer e Crescer, v.19, n.3, p.200, 2010.

SALES, A.S.; OLIVEIRA; R.F., ARAUJO, E.M. Inclusão da pessoa com deficiência em um Centro de Referência em DST/AIDS de um município baiano. Rev. bras. enferm., p.66, n.2, p. 208-14, 2013.

STREHLOW, B.R. et al. Percepção dos usuários sobre os grupos de educação em saúde do PET vigilância em saúde. J.res.:fundamental care, v.8, n.2, p.4243-54, 2016.

Downloads

Publicado

27-11-2018

Como Citar

Fontana, R. T., Friske Schwiderke, P., & Brum Trindade, M. A. (2018). As infecções sexualmente transmissíveis na percepção de pessoas surdas. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 9(26), 316–335. https://doi.org/10.26514/inter.v9i26.1479