A (re)organização de práticas pedagógicas e do espaço/tempo escolares a partir do protagonismo de crianças do campo
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https://doi.org/10.26514/inter.v11i31.3999Palavras-chave:
Educação do Campo. Sociologia da Infância. Infância do Campo. Narrativa Infantil. Participação Infantil.Resumo
Fundamentado em pressupostos da Sociologia da Infância e da Educação do Campo, este artigo versa sobre protagonismo de crianças camponesas na escola, cujo objetivo é discutir a (re)organização dos espaços/tempos educativos de escolas do campo a partir dos sentidos produzidos pelas crianças sobre o campo e sobre esta instituição educativa. Seu direcionamento metodológico inclui-se na vertente da Pesquisa com narrativas, sendo os dados produzidos a partir de grupos focais, realizados com 20 crianças na faixa etária de 8 a 10 anos de idade que estudam em duas escolas de comunidades rurais do Piauí, cenários da pesquisa. Para desencadear as interações, utilizou-se fotografias e desenhos feitos pelas crianças. Os resultados do estudo evidenciaram que as crianças têm potencial para participarem ativamente de instâncias decisórias na escola, como instituição que abarca um tempo considerável do seu convívio diário. Essa inserção institucional possibilita-lhes, a partir de experiências vivenciadas, atribuir sentido à escola e suas práticas pedagógicas. Conclui-se que é urgente que as crianças sejam reconhecidas como atores sociais, e que esse estatuto sirva como mote para a (re)organização dos espaços, tempos e saberes nas escolas pesquisadas, de modo que o protagonismo das crianças seja desenvolvido gradualmente, por meio de práticas pedagógicas democráticas.
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