Neurociência na formação de professores: uma análise das matrizes curriculares dos cursos de licenciatura de uma universidade pública do Nordeste

Visualizações: 607

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4866

Palavras-chave:

Neurociência, Formação de Professores, Licenciatura, Ensino.

Resumo

Este texto aborda as contribuições da Neurociência para a formação de professores, precisamente no que concerne ao processo de ensino e aos impactos na aprendizagem dos educandos. A considerar o contributo da Neurociência para a educação escolar, o texto tem como objetivo analisar a incorporação ou não pela universidade dos conhecimentos científicos oriundos desse campo à formação docente, exame realizado tendo como referência matrizes curriculares de cursos de licenciatura. As análises decorrem de uma investigação teórica e documental. As matrizes curriculares de 12 cursos de licenciatura de uma universidade pública multicampi situada no Nordeste brasileiro apresentam-se como material básico do estudo. Entre os resultados, destaca-se a imperiosa necessidade de atualização dos currículos acadêmicos, de modo particular os currículos das licenciaturas, com vistas a disseminar no âmbito da formação docente os conhecimentos sobre o funcionamento do sistema nervoso e seus impactos como inibidor ou potencializador da aprendizagem humana, entendidos como substrato fulcral para a renovação dos processos de ensinar e aprender. É imperioso pontuar que a apropriação dos saberes produzidos no âmbito da neuroeducação e neuroaprendizagem configura-se como contributo à melhoria da profissionalidade docente.

Biografia do Autor

Maria Gerlaine Belchior Amaral, Universidade Federal de Campina Grande

Doutora em Educação Brasileira (UFC). Estágio Pós-Doutoral em Formação e Desenvolvimento Profissional Docente (UECE). Professora do Centro de Formação de Professores da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG). Membro do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS/CNPq). Psicanalista Clínica.

Willana Nogueira Medeiros Galvão, Instituto Federal do Ceará (IFCE)

Doutoranda em Educação (UECE). Mestre em Educação (UFPE) e graduada em Pedagogia (UECE). Professora do Instituto Federal do Ceará (IFCE) e membro dos grupos de pesquisa Política Educacional, gestão e aprendizagem (UECE) e Políticas públicas de educação e enfrentamento da desigualdade social (UFPE).

Isabel Maria Sabino Farias, Universidade Estadual do Ceará

Doutora em Educação Brasileira (UFC), com Estágio Pós-Doutoral pela Universidade de Brasília (UnB). Professora do Centro de Educação e do Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) da Universidade Estadual do Ceará (UECE). Líder do grupo de pesquisa Educação, Cultura Escolar e Sociedade (EDUCAS/CNPq). Coordenadora do Observatório Desenvolvimento Profissional Docente e Inovação Pedagógica.

Referências

BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96. MEC. Brasília, 1996.

BRAVO. R. S. Técnicas de investigación social: teoria e ejercicios. 7ª edicion revisada. Madrid: 1991, sección 4.

CARVALHO, D.; VILLAS BOAS, C. A. Neurociências e formação de professores: reflexos na educação e economia.Ensaio: aval.pol.públ.Educ. [online]. 2018, vol.26, n.98, p.231-247. Disponível em:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-40362018000100231 . Acesso em: 15 set. de 2019.

CARVALHO, F. A.H.. Neurociências e educação: uma articulação necessária na formação docente. Trab. educ. saúde [online]. v.8, n.3, p.537-550, 2010. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/tes/v8n3/12.pdf . Acesso em: 11 set. de 2019.

COCH, D.; ANSARI, D. Thinkingaboutmechanismsis crucial toconnectingneuroscienceandeducation. Cortex, v. 45, n. 4, p. 546–547, 2009. Disponível em:http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v26n98/1809-4465-ensaio-26-98-0231.pdf. Acesso em: 15 set. de 2019.

FARIAS, I. M. S. de; SILVA, S. P. Os procedimentos de coleta de dados. In: _________. Pesquisa e Prática Pedagógica II. Fortaleza: RDS, 2009, p.35-53.

FRANCO, M. L. P. B. Análise de conteúdo. Brasília: Plano Editora, 2003.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 43. ed. São Paulo: Paz e Terra, 2011.

GROSSI, M. G. R.; LOPES, A. M.; COUTO, P. A. A neurociência na formação de professores: um estudo da realidade brasileira. Educação e Contemporaneidade.v. 23, n. 41, p. 27-40,2014. Disponível em: https://revistas.uneb.br/index.php/faeeba/article/view/821 . Acesso em: 30 agost. de 2019.

GUERRA, L. B. Como as neurociências contribuem para e educação escolar? FGR em revista, Belo Horizonte, v. 4, n. 5, p. 6-9, 2010. Disponível em: <http://www.fgr.org.br/site/revistas/revista_5edicao.pdf>. Acesso em: 02 dez. 2012.

MENÁRGUEZ, A. T. O cérebro precisa se emocionar para aprender. 2018. Disponível em: https://www.revistapazes.com/cerebro-precisa-se-emocionar-para-aprender/>. Acesso em: 17 de abr. 2020.

MENDES, E. T. B.; FARIAS, I. M. S.; NÓBREGA-THERRIEN, S. M. Trabalhando com materiais diversos e exercitando o domínio da leitura: a pesquisa bibliográfica e a pesquisa documental. In: NÓBREGA-THERRIEN, S. M.; FARIAS, I. M. S.; NUNES, J. C. (Orgs.) Pesquisa científica para iniciantes: caminhos no labirinto. Fortaleza: EdUECE, 2011, p.25-42 (vol. III).

METRING, R. Neuropsicologia e aprendizagem: fundamentos necessários para planejamento do ensino. Rio de Janeiro: Wak, 2011.

MORA, F. Como funciona o cérebro. Porto Alegre: Artmed, 2004.

RELVAS, Marta Pires. Neurociência e educação: potencialidades dos gêneros humanos na sala de aula. 2. ed. Rio de Janeiro: Wak Editora, 2010.

Downloads

Publicado

30-08-2022

Como Citar

Amaral, M. G. B., Galvão, W. N. M., & Farias, I. M. S. (2022). Neurociência na formação de professores: uma análise das matrizes curriculares dos cursos de licenciatura de uma universidade pública do Nordeste. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 13(38). https://doi.org/10.26514/inter.v13i38.4866