Suicídio: formação docente e a prevenção no contexto escolar

Visualizações: 359

Autores

DOI:

https://doi.org/10.26514/inter.v13i39.5616

Palavras-chave:

Prevenção ao suicídio, Formação continuada, Relação professor-aluno

Resumo

Será que é possível a prevenção do suicídio dentro do contexto escolar tendo a formação continuada como uma aliada nessa situação? Esta foi a questão que moveu a pesquisa aqui apresentada que teve como objetivo desenvolver uma formação continuada em serviço para promover a reflexão dos professores sobre o suicídio no contexto escolar, apresentando formas para a sua prevenção. Para isso, foi feita uma pesquisa com abordagem qualitativa e de natureza aplicada. O principal procedimento foi a pesquisa-ação (THIOLLENT, 1994) com o uso de questionários aplicados aos professores e, sobre esses, foi feita a análise de conteúdo (BARDIN, 1995) que subsidiou a formação.  A análise dos dados apontou que a maioria dos professores já esteve diante de um estudante em risco de suicídio e que grande parte deles não sabe como agir diante dessa situação. A formação continuada com a temática sobre comportamento suicida alcançou o objetivo proposto e pôde acrescentar, de forma significativa, novos conhecimentos tanto para a prática docente quanto para a (com)vivência no contexto escolar.

Biografia do Autor

Gythãna Dantas Cidreira, Instituto Federal do Mato Grosso

 Mestranda em Educação Profissional e Tecnológica pelo Instituto Federal do Mato Grosso.  Psicopedagoga - pós-graduada na Faculdade Montenegro-GO em Psicopedagogia Clínica e Institucional.
 Psicóloga - graduada na Universidade Luterana do Brasil - TO. Pedagoga (Licenciatura Plena) - graduada na Faculdade de Educação do IAENE-BA com ênfase em gestão. Habilitada em docência da educação infantil, dos anos iniciais do ensino fundamental, das matérias pedagógicas do ensino médio e gestão de sistemas educacionais (orientação, coordenação e administração escolar). Membro do comitê de mobilizadores da educação (MEC). Atua na coordenação pedagógica do Instituto Federal do Mato Grosso.
 E atua como Psicóloga Clínica com experiência em atendimento em Suicídio.

Ema Marta Dunck Cintra, INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS

Possui Licenciatura Plena em Letras pela Universidade Federal de Mato Grosso (1987), especialização em Literatura Infanto-Juvenil (1992) e especialização em Linguística - Descrição do Português Brasileiro (2002) - ambas pela Universidade Federal de Mato Grosso. Mestrado (2005) e Doutorado (2016) em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás. Tem experiência na área de Educação, atuando tanto na gestão como no ensino básico e superior. No ensino, a ênfase é em linguagem: língua portuguesa e literatura infanto juvenil, linguística, língua indígena. Possui experiência na gestão da Educação e em políticas públicas educacionais, pois atuou como gerente da Educação Básica estadual, Coordenadora Estadual do Ensino Médio; Superintendente de Formação e Secretária Adjunta de Políticas Educacionais (2005 a 2014) na Seduc/MT. Atualmente é professora do IFG - Campus Goiânia. Atua no mestrado Profissional do IFMT, Campus Octayde Jorge da Silva.

Referências

ALMEIDA, Maria. E. Novas tecnologias e formação de professores reflexivos. In: ENCONTRO NACIONAL DE DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO, 9., 1998, Águas de Lindoia. Anais [...]. Águas de Lindoia, 1998. p. 1-6.

ANTUNES, Celso. A inteligência emocional na construção do novo eu. 10. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 1997.

ARROYO, Miguel. Imagens quebradas: trajetórias e tempos de alunos e mestres. Petrópolis, RJ: Vozes, 2004.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. Tradução. Luís Antero Reto. 3. ed. Lisboa: Edições 70, 1995.

BEAUVOIR, Simone de. Por uma moral da ambiguidade. Tradução de Marcelo Jacques de Moraes. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

BUENO, Marcelo C. As coisas que o afeto ensina. São Paulo, 1 jul. 2011. Disponível em: http://marcelocunhabueno.blogspot.com.br/2011/07/as-coisas-que-oafeto-ensina.html. Acesso em: 10 mar. 2020.

CENTRO DE VALORIZAÇÃO DA VIDA (CVV). Prevenção ao suicídio se faz com aceitação e compreensão: experiência do Centro de Valorização da Vida. Brasília, DF: Ministério da Saúde, 2005.

CUNHA, Jurema A. Psicodiagnóstico-R. Porto Alegre: Artmed, 2009.

DALGALARRONDO, Paulo. Psicopatologia e semiologia dos transtornos mentais. Porto Alegre: Artmed, 2009.

ENS, Romilda T. Significados da pesquisa segundo alunos e professores de um curso de Pedagogia. 2006. 138 f. Tese (Doutorado em Educação) – Programa de Estudos Pós-Graduados em Educação: Psicologia da Educação, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2006.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1996.

FUKUMITSU, Karina. A vida não é do jeito que a gente quer. São Paulo: Digital Publish & Print, 2016.

FUKUMITSU, Karina. Programa RAISE: gerenciamento de crises, prevenção e posvenção do suicídio em escolas. São Paulo: Phorte, 2019.

FUKUMITSU, Karina. Suicídio e Gestalt-terapia. São Paulo: Digital Publish & Print, 2012.

FUKUMITSU, Karina. Suicídio e luto: histórias de filhos sobreviventes. São Paulo: Digital Publish & Print, 2013.

FUKUMITSU, Karina. Suicídio e psicoterapia: uma visão gestáltica. São Paulo: Livro Pleno, 2005.

GALVÃO, Izabel. Henri Wallon: uma concepção dialética do desenvolvimento infantil. Petrópolis, RJ: Vozes, 2007.

GARCIA, Carlos M. A formação de professores: novas perspectivas baseadas na investigação sobre o pensamento do professor. In: NÓVOA, António. Os professores e sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

IMBERNÓN, Francisco. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.

IMBERNÓN, Francisco. Formação docente e profissional: formar-se a mudança e a incerteza. Tradução Silvana Cobucci Leite. 9. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

LEITE, Sérgio A. S.; TASSONI, Elvira C. M. A afetividade em sala de aula: as condições de ensino e a mediação do professor. Disponível em: https://www.fe.unicamp.br/alle/textos/SASL-AAfetividadeemSaladeAula.pdf. Acesso em: 10 mar. 2020.

LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1994.

MANTOAN, Maria Teresa E. Inclusão escolar: o que é? Por quê? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2006.

MINAYO, Maria Cecília S. O desafio do conhecimento: pesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec, 2007.

MIZUKAMI, Maria da Graça N. Docência, trajetórias pessoais e desenvolvimento profissional. In: REALI, Aline M. M. R.; MIZUKAMI, Maria da Graça N. (org.). Formação de professores: tendências atuais. São Carlos: EdUFSCar, 1996.

NÓVOA, Antônio. Concepções e práticas da formação continuada de professores. In: ______ (org.). Formação contínua de professores: realidade e perspectivas. Aveiro: Universidade de Aveiro, 1991.

NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS). Prevenção do suicídio: um manual para profissionais da saúde em atenção primária. Genebra: OMS, 2000. Disponível em: https://www.who.int/mental_health/prevention/suicide/en/suicideprev_phc_port.pdf. Acesso em: 15 set. 2019.

PEREIRA, Gilson A. Limites e afetividade. Canoas: Ulbra, 2004.

PERRENOUD, Philippe. Práticas pedagógicas, profissão docente e formação: perspectivas sociológicas. Lisboa: Dom Quixote, 1993.

RAPELI, Claudemir B.; BOTEGA, Neury J. Perfis clínicos de indivíduos que tentaram suicídio com maior gravidade admitidos num hospital universitário. Revista Brasileira de Psiquiatria, São Paulo, v. 27, n. 4, p. 285-289, dez. 2005.

RODRIGUES, Neidson. Educação: da formação humana à construção do sujeito ético. Educação & Sociedade, Campinas, v. 22, n. 76, out. 2001. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302001000300013. Acesso em: 10 mar. 2020.

SACRISTÁN, José G.; PÉREZ GÓMEZ, Ángel I. Compreender e transformar o ensino. Tradução de Ernani F. da Fonseca Rosa. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SANTOS, Lucíola L. C. P. Dilemas e perspectivas na relação ensino e pesquisa. In: ANDRÉ, Marli (org.). O papel da pesquisa na formação e na prática de professores. Campinas, SP: Papirus, 2001.

SCHÖN, Donald. Formar professores como profissionais reflexivos. In: NÓVOA, António. Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992.

SHNEIDMAN, Edwin. Suicide as psychache: a clinical approach to self-destructive behavior. London: Jason Aronson, 1993.

SKINNER, Burrhus F. Contingência do reforço: uma análise teórica. Tradução Rachel Moreno. São Paulo: Abril Cultural, 1980.

SKINNER, Burrhus F. O comportamento verbal. Tradução M.P. Villalobos. São Paulo: Cultrix, 1978.

TARDIF, Maurice; LESSARD, Claude; LAHAYE, Louise. Os professores face ao saber: esboço de uma problemática do saber docente. Tradução de Léa Pinheiro Paixão. Teoria & Educação, Porto Alegre, n. 4, 1991.

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1994.

VIGOTSKI, Lev S. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. Tradução de José Cipolla Neto, Luis Silveira M. Barreto e Solange Castro Afeche. 6. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998.

WALLON, Henry. A psicologia genética. In: ______. Psicologia e educação da infância. Tradução de Ana Ra. Lisboa: Estampa, 1986.

ZINKER, Joseph. Processo criativo em Gestalt-terapia. Tradução de Maria Sílvia Mourão Netto. São Paulo: Summus, 2007.

Capa do novo número da revista interfaces da educação

Downloads

Publicado

14-06-2023

Como Citar

Cidreira, G. D., & Cintra, E. M. D. (2023). Suicídio: formação docente e a prevenção no contexto escolar. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 13(39). https://doi.org/10.26514/inter.v13i39.5616

Edição

v. 13 n. 39 (2023): v. 13 n. 39 (2023): Interfaces da Educação - Fluxo Contínuo

Seção

Artigos

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

 

a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;

 

b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;

 

c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.