Novo ensino médio no Rio Grande Do Sul: um olhar para o processo de implantação
Visualizações: 809DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v12i35.6027Palavras-chave:
Política Educacional, Discursos Curriculares, Itinerários FormativosResumo
O presente trabalho descreve e analisa as compreensões de professoras/coordenadoras da proposta do Novo Ensino Médio (EM) acerca do processo formativo e a implementação em escolas da região das Missões no Rio Grande do Sul. A política do Novo EM no Brasil é discutida buscando contemplar aspectos que marcam as mudanças propostas. Os dados foram gerados a partir da pesquisa de natureza qualitativa, sendo utilizados discursos de professores que participaram do processo de formação para a implementação da proposta nas escolas. Identificamos de forma mais recorrente compreensões que destacam a presença de contradições entre o que é realizado e o que está proposto na política do EM que reforçam o discurso de ensino dicotomizado, que indicam a presença de interesses econômicos e exigências do mercado, que evidenciam práticas inovadoras em sala de aula, e, que entendem as políticas como eficazes, porém com implicações para o contexto. Concluímos que o fortalecimento da política curricular do Novo EM está vinculado aos entendimentos construídos em contexto escolar, em especial dos professores, pois estes são os protagonistas do processo de implementação das políticas educacionais e, com isso, podem contribuir para mudanças significativas nessa etapa de ensino.
Referências
AUTORAS. Políticas Curriculares para o Ensino Médio no Brasil: compreensões propostas em estudos acadêmicos. Cadernos de Pesquisa. (no prelo) 2021.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edição 70, 2011.
BRASIL, Medida Provisória nº 746/2016. Promove as alterações no Ensino Médio, publicada no Diário Oficial da União, edição extra nº 184. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/ultimas-noticias/211-218175739/39621-publicada-a-medida-provisoria-que-reformula-o-ensino-medio . Acesso em 10 mar. 2021.
BRASIL. - LEI N.º 13.415, de 16 de Fevereiro de 2017- Diário Oficial da União - Seção 1 - 17/2/2017, Página 1 (Publicação Original)
BRASIL. Base Nacional Comum Curricular: Ensino Médio. Brasília: MEC/Secretaria de Educação Básica, 2018a.
BRASIL. Resolução n.º 3, de 21 de Novembro de 2018b. Atualiza as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio.
CANÁRIO, R. A escola tem futuro? Das promessas as incertezas. Porto Alegre: Artmed, 2006.
CORRÊA, M. et al. Escola e políticas de currículo: uma pesquisa documental sobre as práticas discursivas de supervisores sobre o PIBID. Interfaces da Educação. v.11. n.33. p. 283-301, 2020.
GADOTTI, M. Educação Integral no Brasil: inovações em Processo. São Paulo: Editora e Livraria Instituto Paulo Freire, 2009.
GOODSON, I. F. O currículo em mudança: Estudos na construção social do currículo. Coleção Currículo, Políticas e Práticas. Porto: Porto Editora, 1997.
KRAWCZYK, N. Reflexão sobre alguns desafios do Ensino Médio hoje. Cadernos de Pesquisa. Set/Dez, 2011.
KUENZER, A.Z. Ensino Médio: construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 3. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
KUENZER, A.Z. (Org) Ensino Médio, construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2009.
LEITE, F. A.; PETRY, D. Seminário integrado no Ensino Médio Politécnico no Rio Grande do Sul: desafios da gestão escolar. Ensino de Ciências e tecnologia em Revista. Vol. 10, n. 2, mai/agos 2020. p. 78-88.
LOPES, A.C. Recontextualização e Hibridismo. Currículo sem fronteiras, v. 5, n. 2, p. 50-64, 2005.
LOPES, A.C. Itinerários Formativos na BNCC do Ensino Médio: identificações docentes e projetos de vida juvenis. Revista Retratos da Escola, Brasília, v.13, n.25, p.59-75, jan./maio. 2019.
LÜDKE, M; ANDRÉ, M. Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU, 2001.
MELO, S. D. G; DUARTE, A. Políticas para o Ensino Médio no Brasil: perspectivas para a universalização. Cedes, Campinas, vol. 31, nº 84, p. 231-251, maio-ago. 2011.
MESQUITA, S.S.A; LELIS, I.A. O.M. Cenários do Ensino Médio no Brasil. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, v. 23, n. 89, p. 821-842, 2015.
MORAES, L.I.S; PILLOTTO, S.S.D; VOIGT, J.M.R. Políticas públicas para educação profissional: década de 1990 e a desvinculação do ensino médio e técnico. Revista online de Política e Gestão Educacional, v.21, n.1, p. 108-124, 2017.
PEREIRA, U.A. A implementação no CEFET-RN (1998-2008), 2010. 308f. (Tese Doutorado) - Curso de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Norte- Centro de Ciências Sociais Aplicadas, RN, 2010.
RIO GRANDE DO SUL. Secretaria Estadual de Educação - SEDUC-RS. Referencial Curricular Gaúcho. 2020. Disponível em: http://curriculo.educacao.rs.gov.br/. Acesso em: 23 jan. 2021.
SANTOS, A. L. F.; AZEVEDO, J. M. L. de. A pós-graduação no Brasil, a pesquisa em educação e os estudos sobre a política educacional: os contornos da constituição de um campo acadêmico. In: Revista Brasileira de Educação. Set/Dez, nº 30, 2009. p. 534-550.
SHIROMA, E. O.; CAMPOS, R. F.; GARCIA, R. M. C. Decifrar textos para compreender a política: subsídios teórico-metodológicos para análise de documentos. In: Perspectiva. 2005, v.23, n.2, p.427-446.
SOUZA, R, A; GARCIA, L, N, S. Estudos sobre a Lei 13.415/2017 e as mudanças para o novo ensino médio. Jornal de Políticas Educacionais. V. 14, n. 41. Setembro de 2020.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.