DA LINGUAGEM MULTIDIMENSIONAL EMPÁTICA NA RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE EM TEMPOS DE PANDEMIA
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Linguagem; Linguagem Comportamental; Educação Médica; Medicina; Fonoaudiologia.Abstract
A imersão empática no universo dos graduandos em medicina, mediada pelos relatos de suas vivências, pela análise dos seus comportamentos e movimentos expressivos, e pela leitura dos seus escritos, é a via para determinar e analisar o que os alunos realmente vivenciam no processo formacional e educativo. É necessário que o futuro clínico descentre-se da sua habitual leitura de mundo para que possa contextualizar subjetiva e socialmente sua experiência clínica. Nesse sentido, objetiva-se investigar como as diferentes formas de acesso à perspectiva de linguagem do outro pode colaborar para o manejo clínico. É possível trabalhar a linguagem empática em tempos de pandemia em ambiente remoto de aprendizagem? Além dos Padrões para Relatórios de Pesquisa Qualitativa (SRQR) foram utilizados como recursos metodológicos todos os materiais didático-pedagógicos aplicados no módulo de Habilidades de Comunicação, Liderança e Gestão (HCLG) da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul, Brasil. Realizou-se grupos focais com os alunos da 1º e 2º séries de graduação em Medicina no ano de 2021. O material transcrito foi analisado baseando-se na teoria da linguística aplicada e translinguagem; sentimento e significado; teoria da Comunicação Não Violenta – CNV e a antropologia médica como marcos teóricos. Ao reconhecer e respeitar a narrativa do aluno, o docente abre mão da presunção de entendê-lo melhor do que o próprio sujeito. Treinar o estudante de medicina a desenvolver uma escuta empática, que não seja direcionada apenas aos sintomas da doença em si, permite entender o paciente como ser humano em todas as suas dimensões: biopsicossocial e espiritual. O encontro clínico revela que os fatos não falam por si mesmos, é pela narrativa que eles ganham sentido.
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