DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E A FORMAÇÃO PARA O TRABALHO: Caminhos e perspectivas

Visualizações: 710

Autores/as

Palabras clave:

Deficiência Intelectual. Formação. Trabalho. Inclusão.

Resumen

O presente texto tem por objetivo geral apresentar as concepções teóricas e pedagógicas curriculares no processo de formação da pessoa com deficiência intelectual para o trabalho numa escola de educação especial de Campo Grande, MS, trata-se de uma pesquisa que parte de uma abordagem qualitativa descritiva dos objetivos estabelecidos. Os procedimentos técnicos basearam-se em pesquisa bibliográfica para coleta dos dados, teve-se como resultados a sistematização dos dados e a experiência vivenciada o que nos permite observar que a perspectiva pedagógica adotada de formação e organização curricular têm suas concepções baseadas na pedagogia histórico-critica e psicologia histórico-cultural, ambas fundamentada no materialismo histórico-dialético. Conclui-se que o processo de formação para o trabalho e inclusão da pessoa com deficiência intelectual é um importante caminho para o seu desenvolvimento sociogenético e microgenético, porém estas condições não são imediatas, mas construídas baseado numa organização curricular que propicia a formação de conceitos científicos que se arraigam a práxis cotidiana dos sujeitos.

Biografía del autor/a

Marcelo Brito dos Santos, Sed/MS

Foi seminarista Capuchinho de 1992 a 1999, aonde estudou filosofia e teologia franciscana, é Licenciado em Geografia pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci e bacharelado em geografia pela UFMS. Pós graduado latu sansu: em Educação Especial pelo Centro Universitário Leonardo da Vinci; Pós-graduando em Coordenação Pedagógica pela FCE e em Educação e Tecnologia pela UFSCAR. Atuou como técnico pedagógico do Núcleo de Educação do Campo da SED/MS de 2001 a 2003, participou da elaboração da política de Educação do Campo de MS. Foi professor de Educação Especial no ensino de alunos com deficiência intelectual e transtorno neuromotor, na Associação Pestalozzi de Campo Grande, MS, aonde também exerceu as funções de coordenador do Programa de Formação para o Trabalho e de diretor da Escola Especial "Raio de Sol". Contribuiu na elaboração de projetos que visam a sustentabilidade institucional e a formação de professores e demais profissionais na perspectiva da Pedagogia Histórico-Crítica e Psicologia Histórico-Cultural. Conselheiro e vice-presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, CONSEP, representando a SED/MS. Foi membro titular e vice-coordenador do GT de Educação Especial do Fórum Estadual de Educação de Mato Grosso do Sul, FEEMS, e membro convidado do GT Educação Especial do Conselho Estadual de Educação de MS. Participou como convidado da Comissão para revisão da Deliberação 7828/2005 atual 11.883/2019. Atualmente é gerente pedagógico do Centro de Apoio aos Deficientes Visuais/COPESPl da Secretaria de Estado de Educação.

Citas

ALTHUSSER, L. Ideologia e Aparelhos Ideológicos do Estado. [S.1.: s.n.] 1970.

APAE, Educação Profissional. Belo Horizonte, MG: 2000.

BIANCHETTI, Lucídio; FREIRE, Ida Mara. Um olhar sobre a diferença: Interação, trabalho e cidadania. Campinas, SP: Papirus, 1998. (Série Educação Especial).

BIANCHETTI, L. Aspectos históricos da apreensão e da educação dos considerados deficientes. In: BIANCHETTI, L.; FREIRE, I. M. (Orgs.). Um olhar sobre a diferença: interação, trabalho e cidadania. São Paulo: Papirus, 1998. p. 21-51.

BRASIL. A inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. 2. d. – Brasília: TEM, SIT, 2007.

BRASIL. Constituição Federativa do Brasil. 1988. São Paulo: 2005.

BRASIL. Decreto n. 3298 de 20 de dezembro de 1999.

BRASIL. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO (TEM) – Legislação relativa ao trabalho de pessoas portadoras de deficiência: coletânea. Brasília: TEM, SIT/ DSST, 1999.

CARDOSO, M. C. F. (1997). Abordagem Ecológica em Educação Especial: Fundamentos básicos para o currículo. Brasília: MEC/CORDE.

CARTILHA DO CENSO 2010 – Pessoas com Deficiência / Luiza Maria Borges Oliveira / Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR) / Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD) / Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência; Brasília: SDH-PR/SNPD, 2012.

CORAZZA, S.M. Currículo como modo de subjetivação do infantil. In: REUNIÃO ANUAL DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA EM EDUCAÇÃO, 22., 1999, Caxambu. Anais... Caxambu: ANPED, 1999.

FENAPAES. APAE educadora - a escola que buscamos: proposta orientadora das ações educacionais. Brasília: FENAPAES, 2001.

GADOTTI, M. Pedagogia da Práxis. São Paulo: Cortez, 1995.

GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores Associados, 2002.

IBGE. Censo Brasileiro de 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2012.

LEONTIEV, Alexis. O desenvolvimento do psiquismo. Lisboa, Portugal: Livros Horizonte, 1978.

SASSAKI, R. K. Inclusão: construindo uma sociedade para todos. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

SAVIANI, Dermeval. Ensino público e algumas falas sobre univerdades. São Paulo: Cortez; Campinas: Autores Associados, 1984. Polêmicas do nosso tempo).

SOUZA, Vera Lúcia Pereira. Educação Especial: Oficinas Pedagógicas. Educação Profissional para os Alunos com Deficiência Intelectual Significativa. SEED. 2010.

Radar SIT. Painel de Informações e Estatísticas da Inspeção do Trabalho no Brasil. https://sit.trabalho.gov.br/radar/ em 13/12/2020.

VIGOTSKY, L.S. El nino ciego. In obras completas. Tomo V. Habana: Cuba, 1989.

OLIVEIRA, L. M. B. Cartilha do Censo 2010 – Pessoas com deficiência. Brasília: Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência (SNPD), Coordenação-Geral do Sistema de Informações sobre a Pessoa com Deficiência, 2012

Publicado

2020-12-18

Cómo citar

dos Santos, M. B. (2020). DEFICIÊNCIA INTELECTUAL E A FORMAÇÃO PARA O TRABALHO: Caminhos e perspectivas. REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO, CULTURA E LINGUAGEM, 4(7), 125–139. Recuperado a partir de https://periodicosonline.uems.br/index.php/educacaoculturalinguagem/article/view/5770