A Política de Internacionalização da Universidade do Planalto Catarinense na Percepção da Comunidade Acadêmica
DOI:
https://doi.org/10.61389/inter.v15i44.5128Palabras clave:
Política de Internacionalização, Universidade do Planalto Catarinense, DesafiosResumen
Este artigo visa refletir sobre a política de internacionalização da UNIPLAC e seu modus operandi na
percepção da comunidade acadêmica. Esta instituição conquistou o status de universidade há vinte anos,
com uma trajetória relevante para o desenvolvimento regional. Usando uma abordagem qualitativa, o
estudo está teoricamente embasado no materialismo histórico e dialético, bibliográfico e documental
incluindo a pesquisa de campo com ex-reitores, professores da instituição, totalizando sete entrevistas
semiestruturadas. Os dados foram analisados de acordo com o método de análise de conteúdo de Bardin
(2011). Dialoga-se com autores como Santos (2002), Perrota (2016), Santos e Almeida Filho (2012),
Tosta et al., (2016). A análise dos dados demonstrou que, apesar do notável crescimento de ações
visando desenvolvimento da política de internacionalização da UNIPLAC, tais como bancas com
participação de professores internacionais, realização de eventos científicos internacionais, estágios pósdoutorais, projeções de cooperação, tratativas internas e externas, as negociações são bastante genéricas,
não se traduzindo em projetos de ensino, pesquisa e extensão. Tais ações foram acompanhadas de uma
baixa adesão da comunidade acadêmica. As dificuldades a serem vencidas, entre outras, estão na questão
linguística, na invisibilidade desta política junto à comunidade acadêmica e na ausência de orçamento
para o setor de internacionalização.
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