Tempos e espaços da aprendizagem na configuração da formação do professor nos cursos de licenciatura
DOI:
https://doi.org/10.26514/inter.v12i34.5357Palabras clave:
Configuração da docência. Aprendizagem da docência. Formação de professores. Cursos de licenciatura.Resumen
O artigo aborda a aprendizagem da docência em cursos de licenciatura a partir de investigação com estudantes desses cursos. O objetivo é o exame da aprendizagem dos estudantes que cursam as licenciaturas com a finalidade de compreender como eles percebem sua formação para a docência. A análise se desenvolve a partir de pesquisa realizada em diferentes cursos de licenciatura e na perspectiva de compreender a configuração do ser professor como função social, considerando as proposições de Elias (1994). Os resultados do exame apontam para a importância de espaços e tempos nos quais se gestam os conhecimentos com os quais se estruturam os currículos de formação dos cursos de licenciatura; as práticas realizadas no decorrer da formação; as interações que se estabelecem entre os sujeitos e os processos de aprender; a movimentação do imediato e próximo para o diverso e amplo. As teias de interdependência entre os sujeitos permitem que se estabeleçam novos modos de relações sociais configurando uma nova sociedade mais solidária que expressa as práticas dos trabalhadores sistematizadas coletivamente.
Citas
AGUIAR, M. A. da S. Reformas conservadoras e a “nova educação”: orientações hegemônicas no MEC e no CNE. Educ. Soc., Campinas , v. 40, e0225329, 2019 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-73302019000100204&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 18 jul. 2020. Epub 09-Dez-2019. https://doi.org/10.1590/es0101-73302019225329. DOI: https://doi.org/10.1590/es0101-73302019225329
AGUIAR, M. A.; DOURADO, L. F. BNCC e formação de professores: concepções, tensões, atores e estratégias. Retratos da Escola, São Paulo, v.13, n.35, 2019. P. 33-37. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/issue/view/35. Acesso em 08 jul. 2020. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v13i25.990
ANDRADE, R. R. M. de. Formação de professores nas dissertações e teses defendidas em programas de pós-graduação em educação entre os anos de 1999 e 2003. PUC, Dissertação de Mestrado, 2006.
ALTET, M. A observação das práticas de ensino efetivas em sala de aula: pesquisa e formação. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 47, n. 166, p. 1196-1223, dez. 2017 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-15742017000401196&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 08 jul. 2020. https://doi.org/10.1590/198053144321. DOI: https://doi.org/10.1590/198053144321
BRANDÃO, C. da F.. Norbert Elias: formação, educação e emoções no processo de civilização. Petrópolis: Vozes, 2003.
BRASIL. INEP. Sinopse estatística-1918. Disponível em http://inep.gov.br/sinopses-estatisticas-da-educacao-basica. Acesso 03 de jul. 2020.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei 9394/96, 20 de dezembro de 1996.
BAZZO, V. L.; SHEIBE, L. De volta para o futuro... retrocessos na atual política de formação docente. Retratos da Escola, São Paulo, v.13, n.17, 2019, p. 669 – 684. Disponível em: http://retratosdaescola.emnuvens.com.br/rde/issue/view/37. Acesso em: 08 jul.2020. DOI: https://doi.org/10.22420/rde.v13i27.1038
BRZEZINSKI, I. (Org.) Formação de profissionais da educação (2003-2010). Brasília, DF: MEC/Inep, 2014.
BRZEZINSKI, I.; GARRIDO, E. (org.). Formação de Profissionais da Educação (1997-2002). Brasília – MEC/ DF/Inep, 2006.
BRZEZINSKI, I. Formação e Valorização dos Profissionais da Educação e o Plano Nacional de Educação (2012-2?). Educativa (Goiânia. Online), v. 16, p. 151-167, 2013.
CARR, W.; KEMMIS, S.. Teoria crítica de la enseñanza. Barcelona: Martinez Roca, 1988.6.
CUNHA, M. I. da. O tema da formação de professores: trajetórias e tendências do campo na pesquisa e na ação. Educ. Pesqui., São Paulo , v. 39, n. 3, p. 609-626, set. 2013 . Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022013000300004&lng=pt&nrm=iso>. acessos em 22 jul. 2020. Epub 09-Ago-2013. https://doi.org/10.1590/S1517-97022013005000014. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022013005000014
DINIZ-PEREIRA, J. E. As Licenciaturas e as novas políticas educacionais para formação docente. Educação & Sociedade, n.68, p.109-125, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73301999000300006
DINIZ-PEREIRA, J. E.; ZEICHNER, K. M. (Org.) . Formação de Professores S/A: tentativas de privatização da preparação de docentes da educação básica no mundo. 1. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2019. v. 1. 196p .
ELIAS, N.. A sociedade dos indivíduos. Rio de Janeiro: Editora Zahar, 1994.
FREITAS, H. C. L.. A (nova) política de formação de professores: a prioridade postergada. Educação e Sociedade, v. 28, p. 1203-1230, 2007. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302007000300026
FREITAS, H. C. L.. A reforma do ensino superior no campo da formação dos profissionais da educação básica: as políticas educacionais e o movimento dos educadores. Educação e Sociedade, Campinas, n.68, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73301999000300002
FREITAS, H. C. L.. Formação de Professores no Brasil: 10 anos de embates entre projetos de formação. Educação e Sociedade, Campinas, v. 23, n.80, p. 137-168, 2002. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73302002008000009
GATTI, B. A., BARRETTO, E. S. DE S., ANDRE, M. E. D. A. DE, & ALMEIDA, P. C. A. DE. . Professores do Brasil: novos cenários de formação. Brasília, DF: Unesco, 2019.
HONORATO, T. Pesquisas com Norbert Elias em História da Educação. Comunicações, Piracicaba v. 24 n. 3 p. 107-127 setembro-dezembro 2017 DOI: https://doi.org/10.15600/2238-121X/comunicacoes.v24n3p107-127
HUNGER, D.; ROSSI, F.; SOUZA NETO, S. de. A teoria de Norbert Elias: uma análise do ser professor. Educ. Pesqui., São Paulo , v. 37, n. 4, p. 697-710, Dec. 2011 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022011000400002&lng=en&nrm=iso>. access on 20 July 2020. https://doi.org/10.1590/S1517-97022011000400002. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022011000400002
IMBERNÓN, F. Formação continuada de professores. Porto Alegre: Artmed, 2010.
KUENZER, A. Z.. As políticas de formação: A constituição da identidade do professor sobrante. Educação e Sociedade, São Paulo, v. 1, n.68, p. 163-201, 1999. DOI: https://doi.org/10.1590/S0101-73301999000300009
LEÃO, A. B.. Norbert Elias & e a educação. Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
MACEDO, M. Eixos epistemológicos da formação inicial de professores: um estado da arte.. 2019. Tese (Doutorado em Doutorado em Educação) - Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
MARCELO GARCÍA, C.. Formação de professores: para uma mudança na prática educativa. . Porto: Porto Editora, 1999.
MARCELO GARCÍA, C.. (Coord) ¿Cómo aprenden los profesores en una sociedad conectada? Universidad Sevilla, 2017. Projeto de pesquisa.
MARTINS P. L. O.; ROMANOWSKI J. P.; CARTAXOS,S R. M. Didática e práticas de ensino: interlocução com a educação básica na formação inicial de professores. Olhar de Professor, v. 17, n. 1, p. 37-47, 8 fev. 2018. Disponível em: https://www.revistas2.uepg.br/index.php/praxiseducativa/article/view/15528 Acesso: 01 jul. 2020. DOI: https://doi.org/10.5212/OlharProfr.v.17.9801
NÓVOA, A. . Formação de professores e profissão docente. In: NÓVOA, A. (Org.). Os professores e a sua formação. Lisboa: Dom Quixote, 1992. p.15-33.
PÉREZ GÓMEZ, A. I. A aprendizagem escolar: da didática operatória à reconstrução da cultura na sala de aula. In: SACRISTÁN, J. G.; PÉREZ GÓMEZ, A. I. Compreender e transformar o ensino. 4.ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
PIMENTA, S. G.; PINTO, U. de a.; SEVERO, J. L.R. de L. A Pedagogia como lócus de formação profissional de educadores(as): desafios epistemológicos e curriculares. Revista Práxis Educativa, v. 15, p. 1-20, 2020. DOI: https://doi.org/10.5212/PraxEduc.v.15.15528.057
ROLDÃO, M. C. Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional. Revista Brasileira de Educação, Rio de Janeiro, v. 12, n. 34, p. 94-103, jan./abr. 2007a DOI: https://doi.org/10.1590/S1413-24782007000100008
ROMANOWSKI, J. P. Licenciaturas no Brasil: um balanço das teses e dissertações. 1. ed. São Paulo: USP, 2002. v. 1. 146 p.
ROMANOWSKI, J. P.; MARTINS, P. L. O. ; SAHEB, D. . Desafios da formação pedagógica do professor da educação básica. Ensaios Pedagógicos, v. 3, p. 59-68, 2019.
SANTOS, O. J. dos. Pedagogia dos Conflitos Sociais. Campinas: Papirus, 1992.
SARTI, F. M. Dimensão socioprofissional da formação docente: aportes teóricos e proposições. Cad. Pesqui., São Paulo , v. 50, n. 175, p. 294-315, mar. 2020. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php? script=sci_arttext&pid=S0100-15742020000100294&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em 10 jul. 2020. https://doi.org/10.1590/198053146796. DOI: https://doi.org/10.1590/198053146796
SAVIANI, D. Entrevista concedida por e-mail à reporter Juliana Monachesi. Folha de S.Paulo, 26 abr. 2007.
SCHEIBE, L; BAZZO, V. L . Formação de professores da educação básica no ensino superior: diretrizes curriculares pós 1996. Revista Internacional de Educação Superior, v. 2, p. 241-256, 2016. DOI: https://doi.org/10.22348/riesup.v2i2.7596
SHULMAN, L. S. Those who understand: knowledge growth in teaching. Educational Researcher, Thousand Oaks, California, v. 15, n. 4, p. 4-14, 1986. DOI: https://doi.org/10.3102/0013189X015002004
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho licenciado simultaneamente sob uma Licença Creative Commons Attribution após a publicação, permitindo o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria do trabalho e publicação inicial nesta revista;
b. autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista;
c. autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.