Entre o quilombo e a Educação Infantil: os (des) encontros das crianças quilombolas nos entremeios desses contextos
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https://doi.org/10.26514/inter.v13i37.4946Resumo
Este artigo contempla parte das reflexões realizadas a partir de uma pesquisa de doutorado em educação desenvolvida em dois quilombos e em duas salas de Educação Infantil públicas no estado de Santa Catarina, para o que foi selecionado um grupo de sete crianças quilombolas (três meninas e quatro meninos) com idades situadas entre quatro e seis anos de idade como sujeitos principais da pesquisa. A motivação central da investigação foi compreender e analisar, fundamentada em um estudo etnográfico, as relações educativas que as crianças quilombolas estabelecem entre si, com os adultos e com outras crianças no espaço institucionalizado da educação infantil e no espaço da comunidade quilombola onde moram. A base teórica direcionou-se para uma interlocução entre os campos da Pedagogia, Sociologia da Infância e Antropologia da Criança. A pesquisa evidencia que as crianças quilombolas sofrem constrangimentos na relação com as demais crianças e que os professores têm dificuldade de lidar com as diferenças culturais no espaço institucionalizado. Por fim, a pesquisa evidencia um alto grau de cumplicidade, autonomia e criação entre as crianças nos quilombos pesquisados e demostra que suas formas de expressão ou de sociabilidade podem suscitar outras maneiras de pensar a educação institucionalizada.
Palavras-chave: Criança Quilombola; Quilombo; Educação Infantil; Relações Educativas.
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