A Radicalidade Histórico-Existencial da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire

Visualizações: 1

Autores

DOI:

https://doi.org/10.61389/inter.v15i43.8725

Palavras-chave:

Pedagogia do oprimido, História intelectual, radicalidade histórico-existencial, Humanização

Resumo

Este artigo analisa as ideias centrais presentes na Pedagogia do oprimido, de Paulo Freire. Busca-se explorar suas influências filosóficas, as nuances teóricas e as implicações práticas do seu pensamento, destacando a relevância e a atualidade de suas propostas pedagógicas. O objetivo principal é oferecer uma análise crítica e aprofundada do seu pensamento, visando contribuir para a compreensão de sua obra e de seu legado educacional, especialmente a partir dos referenciais vinculados à história intelectual (Skinner, 1997). A pesquisa demonstra a importância desse educador e de seu projeto de educação libertadora no cenário brasileiro, ressaltando a superação da opressão e a humanização do ser humano. A conscientização dos oprimidos é apresentada como um processo fundamental para a autolibertação e a transformação social. Conclui-se que a radicalidade histórico-existencial da referida obra engendra, por sua vez, uma visão transformadora e profundamente arraigada na realidade, ainda sendo capaz de transcender diversas fronteiras temporais e espaciais, mesmo depois de quase seis décadas de sua publicação. Nesse contexto, ela representa a necessidade de uma mudança fundamental na educação e na sociedade, desafiando as estruturas de opressão ora existentes.

Biografia do Autor

Geraldo Mateus de Sá, Universidade Estadual do Paraná

Graduado em Filosofia (UNIFAI/SP). Mestre em Educação (UFSJ/MG). Doutor em Educação (PUC/Goiás). Professor Adjunto na Universidade do Estado do Pará/UEPA. Membro do Núcleo de Estudos Corpo, Cultura, Linguagem e Expressão (NECCEL/UFSJ) e do Grupo de Estudos e Pesquisa Social (GEPES/UEPA)

Aldimar Jacinto Duarte, Pontifícia Universidade Católica de Goiás

Graduado em História (Pontifícia Universidade Católica de Goiás PUC Goiás, 1995); mestre em Educação Brasileira (Universidade Federal de Goiás UFG, 1999) e Doutor em educação pela UFG (2012). Professor no Curso de Pedagogia, no Programa de Pós Graduação em Educação - Mestrado e Doutorado - e no Programa de Pós Graduação em História (Mestrado e Doutorado) da PUC Goiás. Foi Coordenador do Programa de Pós Graduação em Educação (PPGE) da PUC Goiás entre os anos de 2017-2021. Foi Vice Coordenador do FORPRED Centro Oeste entre 2020-2021; Foi coordenador do GT 09 - Trabalho e Educação e Movimentos Sociais ANPED Centro Oeste (2020-2022); Líder do grupo de pesquisa Juventude e Educação (CNPQ). Tem experiência na área de Educação, com ênfase em Fundamentos da Educação, atuando principalmente nos seguintes temas: História da Educação; Juventude e Educação; Movimentos sociais e educação; Cultura político, Movimentos sociais e juventude; Pensamento social, cultura e educação. Na área de História tem experiência em: História e Memória; Histórica Intelectual; Patrimônio Cultural e processos formativos.

Referências

ALMEIDA, Maria Gildemar A. Dimensões do conceito de formação em Paulo Freire. In: SAUL, Ana Maria. Paulo Freire e a formação de educadores: múltiplos olhares. São Paulo: Articulação Universidade/Escola, 2000.

BARBOSA, Ana Mae. Sobre a Pedagogia do oprimido. In: FREIRE, Ana Maria Araújo (Org.). A pedagogia da libertação em Paulo Freire. São Paulo: UNESP, 2008.

BEISIEGEL, Celso de Rui. Paulo Freire. Recife: Fundação Joaquim Nabuco/Massangana, 2010.

BEISIEGEL, Celso de Rui. Política e educação popular: a teoria e a prática de Paulo Freire no Brasil. São Paulo: Ática, 1982.

BOFF, Leonardo. Prefácio. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 27. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020a.

DOSSE, François. A saga dos intelectuais franceses, volume 1: à prova da história (1944-1968). São Paulo: Estação Liberdade, 2021.

FANON, Frantz. Os condenados da Terra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1968.

FIORI, Ernani Maria. Prefácio. In: FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 69. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, Ana Maria Araújo (Org.). A pedagogia da libertação em Paulo Freire. São Paulo: UNESP, 2008.

FREIRE, Paulo. Ação cultural para a liberdade e outros escritos. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1976.

FREIRE, Paulo. Extensão ou comunicação? 3. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977.

FREIRE, Paulo. Professora, sim; tia, não. 24. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2015. FREIRE, Paulo. Pedagogia dos sonhos possíveis. São Paulo: Paz e Terra, 2014

FREIRE, Paulo. In: FREIRE, Ana Maria Araújo. Paulo Freire: uma história de vida. 2. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2017.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do compromisso: América Latina e educação popular. Indaiatuba: Villa das Letras, 2008.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da esperança: um reencontro com a pedagogia do oprimido. 27. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020a.

FREIRE, Paulo. Política e educação. 5. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2020b.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da tolerância. 35. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2016.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 69. ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Paz e Terra, 2019.

FREIRE, Paulo; SHOR, Ira. Medo e ousadia: o cotidiano do professor. 8. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1986.

FROMM, Erich. Ter ou ser? Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

JORGE, J. Simões. A ideologia de Paulo Freire. 2. ed. São Paulo: Loyola, 1981.

KOHAN, Walter. Paulo Freire, mais do que nunca: uma biografia filosófica. Belo Horizonte: Vestígio, 2019.

KOHAN, Walter. Paulo Freire, mais do que nunca: uma biografia filosófica. Belo Horizonte: Vestígio, 2019.

LACERDA, Sonia; KIRSCHNER, Tereza Cristina. Tradição intelectual e espaço historiográfico ou por que dar atenção aos textos clássicos. In: LOPES, Marco A. (Org.). Grandes nomes da História Intelectual. São Paulo: Contexto, 2003.

LACROIX, Jean. Marxismo, existencialismo, personalismo. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1972.

MANFREDI, Silvia Maria. Política: educação popular. São Paulo: Símbolo, 1978.

MAYORGA, Claudia. Paulo Freire, o pensador do diálogo, da autonomia e da esperança. UFMG, Boletim, n. 1353 - Ano 47 - 14.06.2021. Disponível em: < https://ufmg.br/comunicacao/publicacoes/boletim/edicao/2103>. Acesso em: 09/05/2022.

OLIVEIRA, Ivanilde Apoluceno de. O ato de perguntar na pedagogia freiriana. In: SAUL, Ana Maria. Paulo Freire e a formação de educadores: múltiplos olhares. São Paulo: Articulação Universidade/Escola, 2000.

SAVIANI, Demerval. História das ideias pedagógicas no Brasil. 5. ed. Campinas: Autores associados, 2019.

SCOCUGLIA, Afonso Celso. As interconexões da pedagogia crítica de Paulo Freire. Filos. e Educ., Campinas, SP, v.10, n.1, p. 200-232, jan./abr. 2018. Disponível em: < https://periodicos.sbu.unicamp.br/ojs/index.php/rfe/article/download/8652006/17703/36967>. Acesso em: 04/04/2022.

SKINNER, Quentin. As fundações do pensamento moderno. São Paulo: Companhia das Letras, 1996.

WEFFORT, Francisco C. Educação e política: reflexões sociológicas sobre uma pedagogia da Liberdade. In: FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. 22. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1996.

Downloads

Publicado

18-12-2024

Como Citar

Sá, G. M. de, & Duarte, A. J. (2024). A Radicalidade Histórico-Existencial da Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire. INTERFACES DA EDUCAÇÃO, 15(43), 192–212. https://doi.org/10.61389/inter.v15i43.8725