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Vol. 5 No 8 (2021): BIOECONOMIA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL
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Bioeconomia é uma parte da ciência econômica que se associa aos sistemas biológicos e recursos naturais com o mote de utilização de novas tecnologias para desenvolver produtos e serviços que possuam impacto positivo em todos os ecossistemas terrestres, bem como, para o desenvolvimento e aumento da qualidade de vida. Portanto, falar de bioeconomia é olhar para a sustentabilidade e a busca constante de um desenvolvimento econômico e social que considere o complexo ecossistema como algo interrelacionado. Acredita-se que, ainda, não se chegou a isso, mas é um processo onde a bioeconomia se insere pela busca de uma maior harmonia entre o econômico, o social, o ambiental e o cultural, para que se possa ter um mundo mais sustentável e se consiga, de alguma forma, frear os problemas que se apresentam, como o fato das mudanças climáticas. Essa edição da revista Desenvolvimento, Fronteiras e Cidadania, do Programa de Pós-Graduação em Desenvolvimento Regional e de Sistemas Produtivos (PPGDRS), da Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS) trata desses assuntos, fazendo uma coletânea de artigos que versam sobre a bioeconomia e questões relacionadas ao clima e às mudanças que o planeta enfrenta, em grande parte, fruto do modelo de desenvolvimento linear e compartimentalizado, que vem contribuindo para um desequilíbrio brusco nos ecossistemas terrestres.

A bioeconomia não é, em hipótese alguma, a solução para o desenvolvimento sustentável, mas é uma parte dela. A bioeconomia emprega novas combinações de recursos, gerando tecnologias capazes de contribuir para a redução dos efeitos nocivos, por exemplo, do aquecimento global. Biocombustíveis, por exemplo, são produtos oriundos dos estudos da Bioeconomia. Mas não se resume a isso, o campo da bioeconomia é diverso e auxilia também, na preservação da biodiversidade terrestre, se for utilizado para essa finalidade. A bioeconomia está presente na produção de vacinas, novas variedades vegetais, enzimas industriais, cosméticos, bioplásticos, produtos químicos de base biológica, alimentos, fibras, entre outros.

Dentro da Bioeconomia está, também, a utilização de conhecimentos de base cultural, de diversas etnias, que podem auxiliar na sua preservação e na consolidação de culturas étnicas e no desenvolvimento de sociedades até então relegadas pelo modelo de crescimento até então adotado. Muitos saberes biológicos são provenientes de um patrimônio cultural, que vem sumindo, e pode ser recuperado por esse conceito de bioeconomia. No entanto, a visão compartimentalizada e não integrativa com os diversos ecossistemas do planeta, são uma ameaça, mesmo nesse campo, e é preciso que se tenha consciência disso, para que se possa estancar ou amenizar as mudanças terrestres como as alterações climáticas que podem, inclusive, tornar insustentável a vida humana no planeta. Começa aqui uma discussão sobre bioeconomia e mudanças climáticas na revista do PPGDRS, Desenvolvimento, Fronteiras e Cidadania.

 

Publiée: 2021-06-24

Apresentação

DOSSIÊ: BIOECONOMIA, MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESENVOLVIMENTO TERRITORIAL

  • PENSANDO DIREITOS A PARTIR DO TERRITÓRIO: NOTAS ETNOGRÁFICAS SOBRE UM COLETIVO KAIOWÁ E GUARANI NA FRONTEIRA BRASIL/PARAGUAI

    Gianete Paola Butarelli
    03-29

    Visualizações: 132
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5671
  • AS (RÉS) EXISTÊNCIAS EM UM PRESÍDIO FEMININO: UMA ETNOGRAFIA

    Weronica Derene Adamowski, Célia Maria Foster Silvestre, Eliana Lamberti
    30-51

    Visualizações: 159
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.4185
  • CIDADES SUSTENTÁVEIS E INTELIGENTES, À LUZ DOS DESAFIOS DOS OBJETIVOS DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

    Lara Kamila Silva Pinheiro, Gabriella Zanoto Botton, Mario César Junqueira Oliveira, Alexandre Meira Vasconcelos, José Carlos de Jesus Lopes
    52-72

    Visualizações: 339
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5499
  • CRESCIMENTO ECONÔMICO E GASTOS PÚBLICOS: BRASIL E PAÍSES DA OCDE - 2005-2015

    Stephanye Almeida de Souza, Adriano Marcos Rodrigues Figueiredo
    73-93

    Visualizações: 135
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5187
  • EXPERIÊNCIA DE AJUTÓRIOS AGROECOLÓGICOS NA FRONTEIRA DO BRASIL COM URUGUAI: O CASO DE SANTANA DE LIVRAMENTO

    Cláudio Becker, Shirley G. da Silva Nascimento, Luciane da Silva Acosta, Mariana Rockenbach de Ávila
    94-111

    Visualizações: 227
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5284
  • FORMAÇÃO HISTÓRICO-ANTROPOLÓGICA BRASILEIRA E SEUS IMPACTOS SOBRE O DESENVOLVIMENTO

    Rafaela Hort, Sandro Luiz Bazzanella, Alexandre Assis Tomporoski
    112-123

    Visualizações: 205
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5496
  • Indicadores Socioeconômicos de Mato Grosso do Sul: uma análise da Microrregião de Dourados (2005-2016)

    Silvana Serra Oliveira, Alexandre de Souza Corrêa, Enrique Duarte Romero, Fábio Henrique Paniagua Mendieta
    124-144

    Visualizações: 234
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.5060
  • La percepción de la vulnerabilidad climática y económica de la población costera de La Guajira por parte de las comunidades indígenas locales.

    Katherin Pérez Mendoza , Carlos Buson Buesa, Alexis Carabali Angola
    145-169

    Visualizações: 417
    DOI: https://doi.org/10.61389/dfc.v5i8.7076
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